XP melhora estimativas para ações do Itaú (ITUB4): ‘Qualidade a um preço razoável’

Plataforma de investimentos reiterou a recomendação de compra para os papéis do banco

A XP reforçou a recomendação de compra e subiu o preço-alvo das ações do Itaú (ITUB4) de R$ 35,00 para R$ 42,00 no fim de 2024. Nesta quinta-feira (29), antes da abertura do pregão da bolsa, os papéis do banco eram cotados na faixa de R$ 34,65.

“Estamos atualizando nossas estimativas para o Itaú (ITUB4), levando em consideração os resultados de 2023, o Guidance para 2024 e o cenário macroeconômico”, diz o relatório titulado “Qualidade a um preço razoável” e assinado pelos analistas Bernardo Guttmann, Matheus Guimarães e Rafael Nobre.

“Além disso, o Itaú anunciou recentemente dividendos extraordinário e um programa de recompra de ações, o que nos levou a aumentar nossas estimativas de distribuição de lucros para o futuro”, acrescenta o time da plataforma de investimentos focada no setor financeiro.

Por que comprar?

Para a XP, apesar do guidance conservador para 2024, o Itaú está bem posicionado para superar algumas das estimativas, especialmente em termos de crescimento da carteira.

Adicionalmente, os analistas destacam no relatório que a visão positiva para as ações do banco se baseia em quatro pontos. São os seguintes:

  • melhora nos NPLs (um índice de inadimplência), abrindo caminho para menores provisões;
  • atividades mais aquecidas nos mercados de capitais;
  • espaço para o banco continuar melhorando sua eficiência;
  • e expectativa de uma recuperação significativa no ROE da unidade de varejo, enquanto o ROE da unidade de atacado permanece estável ou ligeiramente abaixo.

“Como resultado, mantemos uma perspectiva positiva para as perspectivas do Itaú, e reforçamos nossa visão de que é uma escolha principal dentro do setor”, reiteram os profissionais da XP.

Transformação cultural

Na sequência, no mesmo relatório, o time da plataforma sinaliza que a a próxima batalha no setor financeiro será sobre custos.

“Com a recente melhora na rentabilidade dos neobanks, está se tornando cada vez mais claro que o surgimento desses concorrentes definitivamente mudará a dinâmica competitiva”, escrevem.

Assim, conforme os analistas, o modelo de negócios dos novos players mostrou que é possível escalar o negócio bancário sem a necessidade de uma estrutura física tão grande.

“Nesse sentido, vemos os investimentos em transformação cultural e digital feitos pelo Itaú nos últimos anos como capazes de posicionar o banco como o incumbente mais preparado para reduzir custos sem perder eficiência operacional”, indicam.

“O que deve permitir que ele (pelo menos) mantenha seu nível de ROE mesmo em um ambiente mais competitivo”, completam.