Recorde de vendas de Cury (CURY3) agrada mercado e 3 bancos reforçam recomendação de compra

Construtora do Minha Casa Minha Vida divulga recorde de volume de vendas e bancos reforçam recomendação de compra para Cury (CURY3)

A construtora de baixa renda Cury (CURY3) reportou fortes números na prévia operacional do primeiro trimestre de 2024 e agradou o mercado financeiro. Itaú BBA, BTG e Bank of America reforçaram a recomendação de compra das ações da construtora, que bateu recorde em vendas líquidas para um único trimestre.

Para analistas do Bank of America, a construtora é o ‘top pick’ entre ações do setor na bolsa de valores. Entre as construtoras do programa Minha Casa Minha Vida, como a MRV (MRVE3) e Direcional (DIRR3), o banco destaca que a construtora deve “ter crescimento sustentável no lucro e retorno de caixa”.

Ações da Cury (CURY3) sobem após recorde de vendas

Em sua prévia operacional, a Cury registrou um volume de vendas de unidades recorde para um trimestre. Nos primeiros três meses deste ano, a construtora negociou cerca de 5,7 mil unidades, com receita líquida de R$ 1,5 bilhão, aumento de 43,9% em relação a igual período de 2023.

A construtora também reportou o lançamento de dez empreendimentos, cinco localizados em São Paulo (SP) e outros cinco no Rio de Janeiro (RJ). Em volume geral de vendas próprias, a Cury chegou a um volume próximo ao da receita líquida, também de R$ 1,5 bi.

A resposta do mercado à prévia operacional da Cury (CURY3) foi positiva. As ações da construtora sobem 1,34% na bolsa de valores nesta quinta-feira (11).

Ao escolher a Cury (CURY3) como ‘top pick’ entre construtoras do Minha Casa Minha Vida na bolsa de valores, o BofA cita que a prévia operacional veio “surpreendentemente acima do esperado” quanto às vendas gerais da empresa. Excluindo lançamentos próprios, o volume foi de R$ 1,8 bilhões.

“É acima do esperado mesmo considerando a aceleração sazonal de lançamentos que ocorre no primeiro semestre”, afirmam analistas do banco americano.

O preço-alvo do BofA para a ação da Cury é de R$ 22, com 9,8% de valorização potencial do papel.

Daqui para frente, o banco ressalta que “será determinante acompanhar a performance da construtora enquanto o Minha Casa Minha Vida estiver em vigor e, além disso, se as receitas da empresa vão acompanhar o alto volume de vendas”.

BTG avisa que prêmio já não é dos mais baratos

Por outro lado, o BTG Pactual explica que o prêmio sobre a ação já não é um dos mais baratos do mercado. O banco também possui recomendação de compra para a Cury (CURY3).

Analistas do banco notam em relatório que a geração de caixa da Cury divulgada na prévia operacional, de R$ 17 milhões, foi “pequena”. O Itaú BBA nota que o volume de caixa “veio em linha com nossas expectativas”.

“Mas, ainda assim, uma conquista”, ponderam os analistas liderados por Gustavo Cambauva, do BTG.

Isso porque, conforme a explicação da equipe, o primeiro trimestre é “sazonalmente muito fraco para fluxo de caixa.

Mas o múltiplo de preço sobre lucro da ação da Cury (CURY3) já não é um dos mais atrativos a acionistas. A estimativa do BTG avalia que, ao final deste ano, o papel deve valer nove vezes o lucro por ação. “Embora o valuation não seja mais tão atraente, mantemos nossa recomendação de compra devido à execução de alto nível da Cury”, concluem analistas.