Petrobras (PETR4) deve ter resultados fortes no 1º trimestre, avalia Bradesco BBI

Analistas do banco apontam que a OceanPact (OPCT3) deve ser o destaque no setor

As empresas do setor de óleo e gás no Brasil devem reportar um 1º trimestre de 2024 sem intercorrências, e a OceanPact (OPCT3) deverá ser uma agradável surpresa para a temporada de resultados, enquanto a Petrobras (PETR4) também deve registrar mais um trimestre forte, apesar da queda na produção em base trimestral e dos menores preços de diesel, diz o Bradesco BBI.

Os analistas Vicente Falanga e Gustavo Sadka escrevem, em relatório, que a OceanPact deve reportar lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de R$ 133 milhões.

Isso representaria uma alta de 16% em base trimestral, e acima da estimativa atual de R$ 474 milhões para o ano, e com lucro líquido estável de R$ 21 milhões.

Já a Petrobras deve reportar Ebitda de US$ 13,5 bilhões, queda de 10% ante o trimestre anterior com menor produção total de petróleo e gás e um preço médio de diesel mais baixo, dizem.

Adicionalmente, os analistas preveem dividendos de US$ 2,7 bilhões.

PRIO3, RRRP3 e RECV3

As empresas juniores de petróleo, por sua vez, devem apresentar resultados fracos, com o Ebitda ficando estável no trimestre para Prio (PRIO3) e 3R (RRRP3).

Enquanto o Ebitda da PetroRecôncavo (RECV3) deve aumentar 45% em base trimestral para R$ 352 milhões, principalmente devido à retomada das operações normais do ativo Guamaré.

VBBR3 e UGPA3

Para distribuição de combustíveis, as margens devem diminuir em relação ao trimestre anterior, mas permanecendo em níveis saudáveis.

A Vibra (VBBR3) deve reportar menor margem Ebitda em meio a um cenário competitivo mais desafiador, dizem os analistas, e como resultado de estoques altos na cadeia de suprimentos.

A margem Ebitda também deve cair para Ultrapar (UGPA3), mas Ipiranga deve reportar margem melhor que a Vibra com a venda de diesel adquirido no quarto trimestre de 2023 a preços atrativos no primeiro trimestre deste ano.

E com a falta de exposição a querosene para aviação, o que deverá permitir à empresa ter ligeiros ganhos de estoque no trimestre, dizem os analistas.

BRKM5

A Braskem (BRKM5) deve registrar uma modesta recuperação trimestral no Ebitda para US$ 240 milhões, de US$ 211 milhões no trimestre anterior.

Devido aos preços mais baixos do gás nos Estados Unidos, aumentando a rentabilidade na fábrica do México.

Com informações do Valor Pro, serviço de notícias em tempo real do Valor Econômico