Mercado hoje: Ibovespa fecha no vermelho com gigantes em queda; dólar avança a R$ 4,77

Índices setoriais também fecharam em queda com desconfiança do mercado em relação ao comunicado do Banco Central

O mercado hoje reagiu mal ao comunicado do Copom sobre a política monetária, divulgado na noite da quarta-feira (21). O Copom manteve a taxa de juros a 13,75% ao ano, a sétima manutenção consecutiva dos juros no atual patamar. A decisão foi por unanimidade.

Nesta quinta (22), o Ibovespa fechou em queda de 1,23%, a 118.934 pontos.

Já o dólar fechou em alta discreta, de 0,09%, cotado a R$ 4,7721. Na última quarta, a moeda americana renovou seu menor patamar em mais de um ano na última quarta, quando fechou em R$ 4,76.

No pregão anterior, o Ibovespa também fechou em patamar recorde em mais de um ano, passando dos 120 mil pontos, melhor nível desde o começo de abril.

Setores da bolsa: construção e consumo vão mal

Entre as empresas do setor de commodities, um dos mais importantes da bolsa, Vale e Petrobras fecharam em queda, com a petroleira caindo 1,77% (PETR3) e 1,38% (PETR4). A mineradora desceu 0,49%.

Os índices setoriais também operaram em queda com destaque para o Imob, de imóveis, com queda de 2,33%. Entre as empresas do setor, destaque para a da MRV, com perdas de 4,79%.

Da mesma forma, o Icon, índice do setor de bens de consumo, apresentou forte queda, descendo 0,62%, puxado para baixo principalmente pelas varejistas. Assim, a Magalu (MGLU3) desvalorizou 5,05%, a R$ 3,57. Ao mesmo tempo, a Via (VIIA3) desceu 4,60%, a R$ 2,49.

Comunicado do Copom afetou o mercado hoje

No comunicado, apesar de deixar de fazer referência a uma chance de retomada de alta na taxa Selic , como era encontrado em textos anteriores, os técnicos do BC não sinalizaram claramente uma queda para a próxima reunião, em agosto, o que esfriou os ânimos com relação aos ativos de risco, que se beneficiam da queda dos juros.

Além disso, os técnicos do Banco Central destacaram no comunicado o cenário ainda incerto no âmbito internacional e a inflação subjacente, que, segundo o BC, “segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta para a inflação”.

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