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Ibovespa testa os 100 mil pontos; dólar vai a R$ 5,39
O Ibovespa começou a sessão desta segunda-feira em alta, alinhado ao comportamento dos mercados internacionais e dos preços das commodities. O índice, assim, testa um retorno aos 100 mil pontos, nível que o Ibovespa não visita desde 11 de julho.
A referência da bolsa brasileira ganhava 1,19%, aos 100.105 pontos, perto das 11h, com mínima intradiária de 98.925 pontos e máxima de 100.105 pontos. O volume de negociações projetado para o dia totalizava R$ 17,10 bilhões.
Importantes ações de commodities dão força ao índice brasileiro no pregão desta segunda-feira. Há pouco, Vale ON subia 2,25%, Petrobras PN ganhava 1,88% e Petrobras ON avançava 2,00%. As companhias eram impulsionadas pela valorização das commodities: o minério de ferro fechou em alta de 7,1% na bolsa de Dalian, aos 711 iuanes, e avançava 3,6% no mercado à vista da China, para US$ 104, conforme índice Platts, da S&P Global Commodity Insights. A expectativa de recuperação econômica da China e a possibilidade de o país ajudar a indústria de construção ajuda os preços. Já o petróleo Brent para setembro subia 0,74% aos US$ 103,96 o barril.
Os principais avanços do Ibovespa eram Rede D’Or ON (+4,33%), SulAmérica units (+3,80%) e Weg ON (+3,51%). As maiores baixas eram IRB ON (-5,00%), GPA ON (-4,32%) e Banco PAN PN (-3,53%).
Dólar fica abaixo de R$ 5,50
O dólar amplia a queda contra o real e leva a cotação aos R$ 5,39, nas mínimas do dia. O movimento reflete o clima favorável ao risco no mercado externo, com a maioria das moedas em valorização ante a divisa americana. Ao mesmo tempo, as perdas recentes expressivas do real acabam potencializando o movimento de correção, o que leva a divisa brasileira a ficar entre as moedas que mais registram ganhos na manhã desta segunda-feira, ao lado do peso chileno.
Perto das 11h30, o dólar caía 1,70%, negociado a R$ 5,4045 no mercado à vista. Na mínima do dia, poucos minutos antes, foi a R$ 5,3980. O dólar futuro para agosto recuava 1,75%, aos R$ 5,4125. Já no exterior, o índice DXY, que mede o comportamento do dólar contra uma cesta composta por seis divisas principais, recuava 0,43%, aos 106,28 pontos.
O diretor da FB Capital, Fernando Bergallo, destaca que o movimento do real, hoje, está totalmente “fundamentado no exterior”. Ante outras divisas de países emergentes e exportadores, o dólar também registra queda. A moeda americana recuava 1,77% ante o peso chileno; 0,53% contra o peso mexicano; 0,86% ante o dólar australiano e 0,63% contra o dólar canadense. Os ganhos das commodites, com os contratos de petróleo do tipo Brent em alta de mais de 1%, favorecem os movimentos.
Tanto no plano externo quando interno, os investidores se preparam para a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos Estados Unidos, na quarta-feira. “O PMI fraco dos EUA contribui, neste momento, para uma expectativa mais moderada em relação ao ciclo de alta de juros por lá”, acrescenta Bergallo.
Apesar da queda firme, o profissional pondera que a tendência de valorização do real ainda pode ser impedida por fatores internos. “Temos a questão fiscal aqui como um limitador”, pontua Bergallo, ao lembrar, também, que, nesta semana, há a formação da Ptax de fim de mês. “É importante aguardar uma volatilidade essa semana”, diz.
O fator político também é apontado como limitador dos ganhos do real pela Armor Capital. “O risco fiscal segue elevado pelos gastos extra teto expressivos às vésperas das eleições e a tensão entre os poderes executivo e judiciário persiste elevada”, disseram os profissionais da gestora em relatório. Na semana passada, o dólar acumulou alta de 1,72% contra o real.
“A reunião de Bolsonaro com dezenas de embaixadores para criticar o sistema eleitoral brasileiro teve inúmeras repercussões negativas e serviu para elevar o risco político”, destaca a Armor, que ainda vê mais vetores de depreciação do que apreciação do real no curto e no médio prazo.
À espera do Fed, Bolsas de NY operam mistas
Os índices acionários de Nova York operam sem direção única, oscilando entre ganhos e perdas no começo da sessão desta segunda-feira, com os investidores aguardando a decisão de juros do Federal Reserve (Fed) e a divulgação de uma série de balanços importantes na semana, incluindo algumas das gigantes americanas de tecnologia.
Às 10h55, O Dow Jones operava em alta de 0,34%, a 32.008,74 pontos, e o S&P 500 subia 0,12%, a 3.966,57 pontos, enquanto o Nasdaq recua 0,18%, a 11.815,41 pontos. Os três índices abriram a sessão em alta e caíram no vermelho ainda no começo da sessão, antes de começarem a oscilar em torno da estabilidade.
De acordo com dados da FactSet, 21% das companhias que compõem o S&P 500 divulgaram os seus balanços até a semana passada e, destas, 68% superaram as expectativas de lucros, que têm se mostrado 3,6% acima do esperado. Estes números, apesar de positivos, estão abaixo das médias móveis de cinco anos para as companhias do S&P 500, de 77% e 8,8%, respectivamente.
Além dos números positivos, os investidores também têm em grande parte ignorado os números ruins: ainda de acordo com a FactSet, as ações de empresas que reportaram números abaixo das expectativas recuaram, na média, apenas 0,1% no período entre dois dias antes da divulgação dos balanços até dois dias depois. Nos últimos cinco anos, estas ações recuaram 2,4%, na média.
“O que os mercados querem agora são que os temores de recessão façam com que o Fed recue”, disse Edward Park, chefe de investimentos da Brooks Macdonald, à “Dow Jones Newswires”. “A ideia de que várias companhias estão falando sobre os temores de recessão de alguma maneira reforça esta narrativa, então os mercados estão ignorando algumas das projeções de lucros mais fracas”.
O Fed divulga a sua decisão de política monetária na quarta-feira, e a expectativa parece ser amplamente de que a autoridade monetária americana eleve a meta da sua taxa de juros de referência em 0,75 ponto percentual, para tentar conter a disparada dos preços.
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