NY: Bolsas fecham em queda em meio a preocupações com teto da dívida dos EUA

Nervosismo com a falta de avanço nas negociações para elevar o teto da dívida americana seguiu no centro das mesas de operação

As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta terça-feira (16). O foco dos investidores ficou em Washington, onde autoridades do governo e do Congresso dos EUA tentam costurar um acordo para estender o teto da dívida do país – até agora sem sucesso.

Comentários cautelosos de dirigentes do Federal Reserve (Fed) e o balanço decepcionante da Home Depot também foram monitorados.

Índices de Wall Street

O índice Dow Jones fechou em queda de 1,01%, a 33.012,14 pontos, o S&P 500 recuou 0,64%, a 4.109,90 pontos, e o Nasdaq teve baixa de 0,18%, 12.343,05 pontos.

Teto da dívida

O nervosismo em Wall Street com a falta de avanço nas negociações para elevar o teto da dívida americana seguiu no centro das mesas de operação horas antes de uma nova reunião entre o presidente Joe Biden e o líder republicana da Câmara, Kevin McCarthy.

A secretária do Tesouro americano, Janet Yellen, voltou a alertar sobre os perigos de não aprovar a elevação do teto. “Todos os dias em que o Congresso não age enfrentamos custos econômicos crescentes que podem desacelerar a economia dos EUA”, cobrou.

Ações

Outro fator que pesou sobre as bolsas nova-iorquinas hoje foi o balanço da Home Depot, uma das principais empresas do setor varejista americano. Além de uma queda maior que o esperado nas vendas do primeiro trimestre, a companhia revisou em baixa suas projeções para o resto do ano e preocupou investidores já receosos com a desaceleração da economia.

A ação da Home Depot caiu 2,15% e puxou outras do setor, como Walmart (-1,38%), Target (-1,62%) e Cotsco (1,17%).

Comentários do Fed

Por fim, comentários de dirigentes do Fed não ajudaram na busca por ativos de risco. Presidente da distrital de Richmond do BC, Thomas Barkin afirmou hoje que ainda não se decidiu sobre pausar, ou não, o ciclo de alta de juros na próxima reunião monetária em meados de junho.

Já o chefe do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, classificou a decisão de elevar os juros em 25 pontos-base na reunião de maio como “apertada”, e disse ainda não ter certeza se o BC já restringiu a demanda o suficiente para atingir a meta inflacionária de 2%.

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