Ibovespa sobe 2,42%, vai a 129 mil pontos e se aproxima de máxima histórica

Ibovespa tem alta de 2,42% e se aproxima de máxima histórica de junho de 2021; dólar despenca quase 1% após decisão do Fed nos EUA

A bolsa de valores hoje ganhou impulso com a decisão do Federal Reserve de manter os juros nos Estados Unidos. A decisão do banco central americano nesta quarta-feira (13) levou o Ibovespa a alcançar uma nova máxima para 2023 e em mais de 2 anos: o índice teve alta de 2,42% e chegou aos 129.465,08 pontos, se aproximando da máxima de 130.776 pontos de junho de 2021.

O dólar também perdeu força contra o real no pregão da bolsa de valores hoje. A moeda norte-americana terminou o dia cotada a R$ 4,9208, uma queda de quase 1% em relação ao pregão anterior, quando se aproximou de R$ 4,97.

Ibovespa hoje

O Ibovespa hoje surfou uma maré de alta após a decisão do Fed de manter os juros americanos na taxa de 5,25% a 5,50% ao ano. Com a confirmação de previsões do mercado para a manutenção da taxa, a maioria dos membros do Fed também apontou que espera o corte da taxa em pelo menos mais três vezes em 2024, com a projeção de um juros de 4,50% a 4,75% até o final do próximo ano.

Veja como está a cotação do índice IBOV agora:

No cenário local, os juros futuros sofreram baixa generalizada após sinais dos EUA. A taxa de DI futuro com vencimento em janeiro de 2025 caiu para 9,90%, queda de 21 pontos-base. Além disso, a ponta longa da curva também baixou, com queda dos juros futuros para abril de 2027 para 9,78%, a 31,5 bps.

No dia, as ações de varejistas e construtoras foram, mais uma vez, premiadas com a queda na curva de juros futuros. As ações ordinárias do Magazine Luiza (MGLU3), que caíam até a metade do pregão, tiveram alta de 10,96%. O papel ON da MRV (MRVE3) avançou 8,23%.

Segundo Débora Nogueira, economista-chefe da Tenax Capital, o comunicado do Fed “foi uma boa notícia para o mundo emergente” e, portanto, “para a política monetária brasileira”.

“O que poderia ser um grande obstáculo para uma futura flexibilização mais profunda (da Selic) era justamente uma política mais restritiva do Fed. Estamos observando uma mudança importante da percepção do Fed, amplificada pelas projeções de hoje”, diz Débora.

Dólar hoje

Simultaneamente, o dólar hoje registrou queda de 0,92% e terminou o pregão da bolsa a R$ 4,9208.

Da mesma maneira, o valor da moeda norte-americana caiu no cenário internacional. Sob efeito da política monetária do Fed, o dólar perdeu força contra pares como o euro e o iene. O índice DXY, que compara a moeda norte-americana a outras divisas, cedeu 0,22%, a 103,865 pontos.

Ações em alta na bolsa de valores hoje

A maior alta na Bovespa hoje ficou com a ação do Magazine Luiza (MGLU3). A alta acompanhou o forte desempenho de ações do segmento de varejo com a queda de juros futuros.

Na terça-feira (12), a varejista de Luiza Trajano apresentou sua nova divisão de serviços de armazenamento em nuvem, batizada de Magalu Cloud. O lançamento chamou a atenção do Itaú BBA. De acordo com analistas, o novo braço computacional da varejista pode angariar valor para as ações.

Confira as principais altas da bolsa de valores hoje. A lista contempla apenas ações com peso no dia de negociação, com volume de transação igual ou superior a R$ 1 milhão. O ranking foi atualizado às 18h37.

  1. Magazine Luiza (MGLU3): +10,96%
  2. Grupo Matheus ON (GMAT3): +8,94%
  3. Hapvida ON (HAPV3): +8,67%
  4. CBA ON (CBAV3): +8,27%
  5. MRV ON (MRVE3): +8,23%

Ações com maiores baixas da bolsa de valores

Na lanterna da bolsa de valores, o pior desempenho ficou com o papel ordinário da incorporadora imobiliária PDG (PDGR3). A ação caiu 14,29% nesta quarta-feira. Logo em seguida, a Tecnisa (TCSA) teve um dia de realização de lucros.

Veja as principais ações em baixa na bolsa de valores hoje. A lista segue os mesmos critérios do ranking de ações com maiores altas.

  1. PDG (PDGR3): -14,29%
  2. Tecnisa (TCSA3): -2,51%
  3. Recrusul ON (RCSL3): -2,20%
  4. Log-In ON (LOGN3): -1,18%
  5. Profarma ON (PFRM3): -1,10%

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em alta de mais de 1%, com o índice Dow Jones renovando a máxima histórica e fechando acima de 37 mil pontos pela primeira vez, apoiadas pela perspectiva de que o Federal Reserve (Fed) poderá cortar os juros em até 150 pontos-base em 2024 e seguindo falas do presidente do BC americano, Jerome Powell, de que as discussões sobre relaxamento monetário já iniciaram.

O índice Dow Jones subiu 1,40%, aos 37.090,24 pontos, o Nasdaq fechou em alta de 1,38%, aos 14.733,96 pontos e o S&P 500 avançou 1,37%, aos 4.707,09 pontos. Todos os 11 subíndices do S&P 500 fecharam em alta.

Bolsas da Europa

As Bolsas da Europa, por outro lado, fecharam sem direção única nesta quarta-feira (13), revertendo ganhos da manhã. No continente, investidores aguardam a decisão do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), na quinta-feira.

Em Frankfurt, o índice DAX, fechou em queda de 0,15%, a 16.766,05 pontos, enquanto o CAC 40, em Paris, cedeu 0,16%, a 7.531,22 pontos. O índice FTSE MIB, em Milão, fechou em queda de 0,15%, a 30.295,69 pontos. Por fim, em Madri, o índice Ibex 35 caiu 0,16%, a 10.101,70 pontos, e na bolsa de valores de Lisboa, o PSI 20 avançou 0,45% hoje, a 6.456,88 pontos. As cotações são preliminares.

Com informações do Estadão Conteúdo

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