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Goldman Sachs eleva B3 (B3SA3) e vê ‘recuperação’ do papel na bolsa de valores
O banco americano Goldman Sachs elevou a recomendação para as ações da B3 (B3SA3) de neutro para compra. Na visão do banco, a administradora da bolsa de valores finalmente depende menos do volume de compra e venda de renda variável como fonte de receita e, apesar de “não haver catalisadores no curto prazo”, o papel da B3 ainda deve pagar um valor de dividendos correspondente a 10% da ação.
Assim como elevou a nota das ações da B3, o Goldman também fixou o preço-alvo de R$ 12 para o papel. O valor implica em um upside de 23% em 12 meses, considerando o atual patamar de R$ 9,78.
Ações da B3 (B3SA3): riscos já estão precificados
Em relatório, o Goldman Sachs descreve que as ações da B3 não possuem gatilho positivo no curto prazo. Ao considerar um ambiente de juros mais altos no Brasil, o banco americano vê os principais riscos já “precificados” no ativo.
“Certamente, as ações (B3SA3) negociam hoje nas mínimas de nove anos, mesmo pagando um dividend yield de 10% segundo nossas estimativas”, escreve a equipe de análise do Goldman liderada por Tito Labarta.
Apesar de um ambiente mais fraco no volume em renda variável, a B3 deve encerrar o ano com crescimento de receita de um dígito, se recuperando após dois anos seguidos de faturamento estável.
Além disso, nota o Goldman, a receita deve ser mais diversificada, com a negociação de ativos equivalente a 30% do faturamento. Em 2021, destaca o Goldman, essa fatia chegava a 40% do total.
Neste ano, as receitas devem depender mais dos serviços em tecnologia oferecidos pela B3 (B3SA3). Além disso, a negociação “sobre o balcão”, onde são comercializados títulos não registrados em bolsa como LCI ou debêntures, deve contribuir ainda mais.
B3 deve aumentar lucro por ação até 2026
Ao mesmo tempo, a B3 permanece com um preço descontado, na visão dos analistas do Goldman.
As ações da administradora da bolsa negociam a dez vezes no múltiplo de preço sobre lucro, de acordo com a estimativa do banco para 2025. O Goldman Sachs ressalta que a proporção está 50% abaixo da média dos últimos cinco anos.
A recuperação da receita “deve levar à aceleração de crescimento do balanço da B3” dizem os analistas.
“Esperamos que a margem Ebitda da B3 continue a maior no mundo contra outras custodiantes de bolsa, de 71,8% em 2025.”
No fim, isso se traduz em maior lucro por ação da B3 (B3SA3) aos acionistas, diz o Goldman.
Como a B3 pretende recomprar 10% de suas ações por meio de dois programas, o banco americano calcula um retorno composto anual de 14% do valor da ação a acionistas entre 2023 a 2026. Em comparação, o lucro por ação entre 2020 e 2023 foi de 3%.
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