Como estão as ações da XP? Vale a pena investir nos papéis da corretora agora?
O UBS BB elevou a indicação para as ações da XP de “neutra” para “compra”. Mas reduziu o preço-alvo dos papéis, negociados na bolsa americana Nasdaq, de US$ 19 para US$ 16 em 12 meses.
Para o time de pesquisa, após uma queda de mais de 50%, os ativos já incorporaram as difíceis premissas do ambiente macroeconômico brasileiro.
Conforme escrevem os analistas Thiago Batista, Olavo Arthuzo e Beatriz Shinye, em relatório a clientes, a XP está sendo negociada a um preço/lucro (PL, que dá uma ideia do prazo de retorno do capital) de 8,2 vezes.
Bem como num preço/valor patrimonial de 1,9 vez, perto das mínimas históricas e abaixo dos pares locais e internacionais.
Ações da XP hoje
Assim, para efeito de comparação, a média de PL de B3, BTG Pactual e Itaú está na casa de 9 vezes, com Itaú sendo o único negociado com algum desconto em relação à XP.
“Vemos a recente estratégia da XP de expandir para ‘B2C’ [atendimento interno] positivamente, pois achamos que isso poderia ajudar a XP a controlar a alocação de investimentos e melhorar a experiência do consumidor”, escrevem no documento.
A mudança na distribuição teria o potencial de melhorar a sua margem líquida, apesar de a atividade da plataforma ser de fato mais cíclica, na visão dos analistas.
A redução do preço-alvo reflete o câmbio mais desvalorizado, o custo de ‘equity’ e estimativas de lucros mais baixos (-7%) para 2025 e 2026. Contudo, a avaliação é que as ações estão baratas.
“Vale mencionar que a XP é mais leve em ativos quando comparada a seus pares locais/bancos tradicionais. E o risco de crédito ainda é muito menor, o que deve resultar em um prêmio em nossa visão”, afirmam os analistas do UBS BB.
A estimativa de lucro para 2026, de R$ 5,5 bilhões, pelo banco de investimento está ligeiramente abaixo do consenso do mercado. Também está próxima da ponta inferior dos lucros projetados pela XP, entre R$ 5 bilhões e R$ 7,4 bilhões.
Com informações do Valor Econômico
Leia a seguir
