Possível aumento do diesel seria positivo para ações da Petrobras, dizem bancos

A última vez que a petroleira alterou preço do diesel foi em dezembro de 2023

Empresas citadas na reportagem:

Depois das notícias de que a Petrobras (PETR4) estaria calculando um possível aumento nos preços do diesel nas próximas semanas, o Itaú BBA afirmou, em relatório, que seria uma decisão positiva para a ação da petroleira, caso se confirme. A gasolina ficaria sem alterações.

Conforme o banco, os preços da Petrobras voltaram a se aproximar das cotações internacionais, com referências para diesel e gasolina recuando na última semana. Ainda assim, nos cálculos do Itaú BBA, o diesel da Petrobras está 10% abaixo da paridade de importação, e a gasolina, 8% abaixo.

“A discussão sobre potencial ajuste de preços tem sido o principal tema das nossas interações com investidores”, diz o relatório do banco, assinado pelos analistas Monique Greco, Eric de Mello e Bruna Amorim.

A Petrobras passou todo o ano de 2024 sem alterar o preço do diesel. A última vez que a petroleira alterou preço do diesel foi em dezembro de 2023. Já a gasolina foi alterada pela última vez em julho de 2024.

‘Melhoraria confiança dos investidores’

Um potencial aumento nos preços do diesel é positivo para a Petrobras. Pois não só restaura a rentabilidade do seu segmento de refino, mas também melhora a confiança dos investidores na companhia.

Assim como a percepção sobre os procedimentos de governança da empresa, sua estratégia comercial e política de preços de combustíveis, avalia o Santander.

Com base nos preços atuais, o banco acredita que a Petrobras poderia aumentar os preços do diesel em cerca de 4%. Isso para recuperar sua margem para um nível mais próximo da média histórica.

“Em nossa visão, isso reduziria significativamente o desconto atual em relação aos preços de paridade de importação (IPP) do diesel, que atualmente está em 13%. Quanto à gasolina, vemos que a Petrobras está vendendo no mercado doméstico com um desconto de 10% em relação ao IPP”, comentam os analistas Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz.

O Santander reiterou sua recomendação de compra para a Petrobras, com preço-alvo de R$ 51 para as ações ordinária e de US$ 17 para os recibos de ações negociados em Nova York.

Com informações do Valor Econômico

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