A bolsa vai ser capaz de manter o bom desempenho dos últimos dias?

Mercado espera decisão do banco central dos EUA sobre juros

A bolsa de valores brasileira estendeu para o quarto pregão a sequência de altas. Com isso, atingiu os 122 mil pontos. Nesta quarta-feira (26), portanto, a principal pergunta que fica é se a B3 será capaz de manter o bom desempenho dos últimos dias.

A trajetória até o momento é positiva e a bolsa acumula alta de 3,32% no mês e já cresceu mais de 11% no ano.

Boa parte da resposta a cerca do desempenho desta quarta pode vir da decisão sobre os juros nos Estados Unidos. E também da entrevista coletiva subsequente do presidente do Federal Reserve, o banco central norte-americano, Jerome Powell.

Há consenso de elevação de 0,25 ponto porcentual da taxa, para o intervalo de 5,25% a 5,50% ao ano. Mas o que vem a seguir? A partir das 15h, o mercado terá a resposta para esta pergunta.

Nos Estados Unidos, ontem, as bolsas fecharam em alta. O Dow Jones teve alta de 0,07% (35.438 pontos), o S&P 500 aumentou 0,28% (4.567 pontos) e a Nasdaq cresceu 0,61% (14.144 pontos).

A equação do dólar

O dólar à vista avançou 0,36% em relação ao real nesta terça-feira, a R$ 4,7500, revertendo parte da queda da véspera, quando havia recuado ao menor nível do ano. Segundo operadores, o movimento da sessão foi técnico, puxado pela demanda de importadores pela moeda e por ajustes de posições de investidores à véspera da decisão de política monetária do Federal Reserve.

Apesar da alta na sessão, a moeda americana encerrou o dia no segundo menor nível do ano, acima apenas da cotação de R$ 4,7331 vista na segunda-feira. Entre a mínima, de R$ 4,7186 (-0,31%), e a máxima de R$ 4,7593 (+0,55%), oscilou cerca de quatro centavos. O contrato de dólar futuro para agosto movimentou pouco mais de US$ 10,5 bilhões, em linha com a média das últimas 30 terças-feiras.

Bolsas na Ásia

As bolsas asiáticas fecharam em baixa nesta quarta-feira, em clima de cautela antes da decisão de política monetária do banco central dos EUA) e em meio à falta de detalhamento de possíveis novos estímulos na China.

Liderando as perdas na Ásia, o sul-coreano Kospi caiu 1,67% em Seul, interrompendo uma sequência de três pregões de ganhos, enquanto o Hang Seng recuou 0,36% em Hong Kong, a 19.365,14 pontos, o japonês Nikkei teve perda marginal de 0,04% em Tóquio, a 32.668,34 pontos, e o Taiex cedeu 0,21% em Taiwan, a 17.162,55 pontos.

Na China continental, o Xangai Composto recuou 0,26%, a 3.223,03 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto registrou baixa de 0,52%, a 2.037,47 pontos.

Nos últimos dias, os principais líderes chineses prometeram ampliar esforços para impulsionar a segunda maior economia do mundo, que cresceu bem menos do que o esperado no último trimestre, mas ainda não há detalhes sobre novas medidas de estímulo.

Com informações da Dow Jones Newswires/Estadão Conteúdo

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