‘Todo mundo respeita ele’. A análise de Fernando Meligeni sobre João Fonseca na Austrália

Ex-tenista e hoje comentarista respondeu a três perguntas sobre o jovem brasileiro

O tenista João Fonseca foi o personagem da semana que acaba de acabar. Não sem motivo. Afinal, ele estreou em um Grand Slam, a série de quatro torneios mais importantes do tênis mundial, e venceu um top 10 do mundo. Não é pouca coisa, embora a derrota na segunda rodada tenha esfriado um pouco as coisas para o menino de 18 anos – e isso pode até ser bom.

Para entender melhor essa semana maluca no Australian Open, a Inteligência Financeira enviou três perguntas sobre o jovem tenista para um veterano das quadras e hoje comentarista da ESPN. Fernando Meligeni, que chegou a 25ª posição do ranking de tenistas profissionais, é um dos analistas mais sóbrios quando se trata de analisar o esporte. Sua visão deriva das experiências dentro da quadra. Com ele nos comentários, é possível até entender o que se passa na cabeça de um tenista durante o jogo. Não é pouca coisa.

Pois bem, é esse tipo de análise que buscamos na primeira pergunta enviada a ele via assessoria de imprensa do canal esportivo. O que será que preocupa Meligeni diante desse buzz irrefreável em torno de João Fonseca. A resposta não decepciona. “Acho que a maior preocupação é ele conseguir jogar, treinar, fazer as coisas dele com tranquilidade”.

João Fonseca já é patrocinado pela fornecedora de material esportivo ON. Roger Federer está entre os investidores da companhia. A ela soma-se a Rolex, marca suíça de relógios que investe pesado no esporte como um todo. No Brasil, conta com o apoio da XP Investimentos.

Uma análise sobre o desempenho de João Fonseca no AO

Para Meligeni, o desempenho de João Fonseca na Austrália surpreendeu. “Foi muito acima do que a gente imaginava, muito melhor do que a gente esperava”. Assim, Meligeni não vacila ao analisar que o jovem brasileiro conquistou notoriedade. “Todo mundo agora conhece ele, todo mundo respeita ele pelo grande tênis que ele jogou. Acho que ele deu um passo muito importante dentro da carreira dele”, conclui.

A terceira pergunta do repórter parece inevitável dentro do que foi a semana de João Fonseca. Então, arrisca-se saber a opinião de Meligeni sobre o seguinte: é possível traçar qualquer paralelo entre Fonseca e Gustavo Kuerten, o maior tenista brasileiro e que chegou ao topo do ranking mundial?

“Eu acho que é inevitável você fazer um paralelo e ao mesmo tempo não é legal você fazer paralelos”. A resposta pode parecer dúbia. Mas não é. E isso fica claro com a sequência do raciocínio do ex-tenista. “As comparações, elas existem e principalmente do lado jornalístico e do lado do fã. Mas do lado do atleta as comparações só podem ser feitas quando um jogador chega perto do que o outro fez”, conclui.

Kuerten é o mais vitorioso tenista brasileiro. Ele se tornou número 1 do mundo em 2000 – lá se vão 25 anos. Ao todo, conquistou 358 vitórias. Perdeu 195 vezes. Conquistou 20 torneios profissionais.

Quem vai ganhar o Australian Open?

Fernando Meligeni chegou a ser 25º do mundo no ranking dos tenistas profissionais. Atua como comentarista de tênis da ESPN.

Uma vez que você tem a oportunidade de mandar perguntas para um ex-tenista do peso de Meligeni, é impossível também não perguntar a ele quem vai vencer o Australian Open nas chaves masculina e feminina. “Ah, difícil saber”, responde.

Mas ele sabe, sim. E no decorrer da curta resposta arrisca alguns nomes. No feminino, Aryna Zabalenka, Iga Swiatek. E Coco Gauff. No masculino, menciona Carlos Alcaraz e Jannik Sinner. Mas e Novak Djokovic? “Correndo um pouquinho por fora”, diz e na sequência complementa: “Mas que também pode ganhar tranquilamente”.

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