Você conhece o Monstro do Leblon? Entenda por que o investidor voltou ao noticiário econômico 

Bilionário quer encerrar processo em que ele e sua gestora se tornaram réus em agosto do ano passado

Ele está de volta ao noticiário. De acordo com a coluna Capital, do jornal O Globo, o investidor Flávio Calp Gondim, conhecido como Monstro do Leblon, enviou uma proposta de acordo à Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O objetivo do bilionário é tentar encerrar um Processo Administrativo Sancionador (PAS) aberto contra ele e seu fundo, o Ponta Sul, no ano passado.

Está por fora dessa história? A seguir, saiba quem é o Monstro do Leblon e por que ele está de volta ao noticiário econômico.

Por que o Monstro do Leblon virou réu na CVM?

O investidor Flávio Calp Gondim tornou-se réu de um processo na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) pela primeira vez no ano passado. O investidor é acusado de “criar condições artificiais de oferta, demanda e preço”.

A acusação recai sobre o investidor e seu fundo, o Ponta Sul (FIA PONTA SUL IE), que tem Flávio como seu único cotista, ou seja, o Monstro do Leblon gere a própria fortuna. O processo trata de fatos que ocorreram em meados de 2019 com contratos futuros de dólar.

De acordo com a autarquia, o investidor teria infringido a lei em operações em três pregões de 2019. À época, o Monstro do Leblon foi destaque na imprensa porque teria interferido no mercado para dar a falsa percepção de um nível de oferta ou demanda de um determinado ativo.

A proposta de termo de compromisso, que em geral envolve a oferta de uma quantia em dinheiro para encerrar um processo, chegou à CVM em janeiro deste ano. Vale lembrar que a autarquia não comenta processos em andamento.

Segundo o jornal O Globo, Gondim quer oferecer um valor para não ir a julgamento. A CVM por sua vez, ainda não teria analisado a proposta do Monstro, o que deve acontecer nos próximos meses.

Quem é o Monstro do Leblon?

O investidor Flávio Calp Gondim, conhecido como Monstro de Leblon, é bilionário e extremamente discreto. Tanto que não se tem foto pública dele.

De acordo com as últimas notícias, ele ainda mora no Leblon, polo financeiro carioca localizado na zona sul do Rio de Janeiro.

Gondim ganhou notoriedade por grandes posições no Banco Inter (INBR32), Ambipar (AMBP3), Notredame e Alpargatas (ALPA4).

Pandemia

O fundo de Gondim derreteu com a pandemia, já que ele estaria operarando alavancado. Como consequência, o investidor teve prejuízos para cobrir sua posições. Apesar disso, ele não foi à ruína.

Em janeiro de 2022, noticiou-se que o fundo Ponta Sul perdeu quase R$ 9 bilhões com a queda das ações do Inter.

O fundo, então, ficou famoso pela estratégia extremamente arrojada e por operar alavancado em poucos papéis. À época, o Inter tinha a posição de maior peso no portfólio do investidor.

Na ocasião, com a queda de quase 70% nas ações do banco desde julho do ano anterior, Gondim precisou se desfazer das ações para conter perdas e provocou um movimento de grande baixa nos papéis.