Solteiros ou casados: quem são os mais endividados?

Pesquisa do Serasa traz o panorama entre esses perfis de público, e mais, dicas de como manter o estilo de vida sem entrar no vermelho

O que será que causa mais dívidas, a vida de casado ou a solteirice? De acordo com uma pesquisa realizada pelo Serasa, é a badalação dos solteiros que pode causar um aumento dos boletos. Isso porque, do total dos mais de 5 mil entrevistados, 44% dos respondentes endividados se declararam solteiros. Já 37% são casados, enquanto 11% disseram estarem divorciados e apenas 2% viúvos.

Qual o principal motivo do endividamento?

Ainda segundo a pesquisa, o que mais levou os entrevistados às dívidas foi o desemprego, representando 29% das pessoas. E os mais impactados nesse contexto foram as mulheres (31%) e os jovens até 30 anos (33%). E mais:

  • 12% dos entrevistados assumem o endividamento por conta da redução na receita;
  • 11% compraram no nome do titular e não pagou;
  • 8% dos respondentes emprestaram o nome e confirmaram falta de controle dos gastos.

“É necessário ter o controle dos gastos da sua linha de crédito. Afinal de contas, ao emprestar a um terceiro, você perde esse limite e corre o risco de ter dívidas fora do seu orçamento, caso a pessoa não pague. Com isso, é importante evitar essa situação”, aponta Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios.  

Como curtir sem dívidas

Então, se você não quer perder a agitação da vida social de solteiro, veja só algumas dicas que Lamounier preparou.

Analise suas finanças

Para isso, faça um estudo aprofundado das suas despesas fixas e variáveis, além claro, das dívidas e dos pagamentos. “A análise inicial faz com que você visualize o panorama da sua realidade financeira.”, argumenta o especialista.

Planeje suas despesas

Então, agora que você já está com o orçamento todo mapeado, o momento é de inserir regras a esse planejamento financeiro que ajudem a manter a organização do seu bolso. “E uma dessas regras é a 50, 30, 20, sendo 50% para gastos fixos, 30% gastos variáveis e 20% investimentos ou fundo de reserva, que visa priorizar as despesas mais importantes”, ensina Lamounier.

Faça uma reserva de emergência

Essa dica é de extrema importância. Afinal de contas, criar a reserva emergencial é fundamental para uma vida financeira equilibrada. “Ter esse dinheiro guardado traz tranquilidade psicológica. Isso porque a reserva de emergência funciona como um seguro que pode ser utilizado para cobrir despesas inesperadas, principalmente em épocas de grandes gastos”, pontua o educador financeiro.

Evite parcelamentos

A gente sabe que, às vezes, fica difícil fazer uma compra à vista, mas ainda assim, é preciso escolher as batalhas pelas quais você vai lutar. E o que isso quer dizer? Que o cartão de crédito deve ser usado com cautela para que o acúmulo de parcelas não pese no valor da fatura. Ou seja, divida a compra quando, de fato, for necessário.

“É preferível que você realize compras à vista como uma forma de manter o orçamento organizado e evitar possíveis problemas no futuro”, acredita Lamounier.

Estabeleça metas

Ao traçar objetivos, você contribui para manter o planejamento financeiro anual ativo. “Além disso, auxilia no cotidiano e faz com que você não realize gastos por impulsos”, finaliza o educador financeiro.