Drex: nova moeda digital brasileira vai facilitar a movimentação da sua carteira

Conversamos com Guto Antunes, head da Itaú Digital Assets, que faz parte da equipe que está estruturando o Drex

Está nascendo uma nova moeda digital brasileira, o Drex. Ele não vai substituir o real, muito menos o Pix. Mas já surge com força. Então, a equipe da Inteligência Financeira ouviu um dos maiores especialistas neste assunto, Guto Antunes, head da Itaú Digital Assets. Guto está debruçado sobre este assunto, em parceria com o Banco Central. Assim, você confere a entrevista em vídeo que fizemos com ele e, abaixo, os principais trechos da conversa:

O que é o Drex?

O Drex é a nova moeda virtual brasileira criada pelo Banco Central do Brasil (BC). O objetivo é dar mais funcionalidade para as pessoas investirem ou ser instrumento de liquidação de contratos inteligentes. O primeiro projeto será transformar títulos públicos em tokens, especialmente as reservas do banco. Desta forma, o Banco Central ganha liquidez  nas transações de compra e venda de títulos da dívida brasileira. Aliás, o nome “Drex” é a abreviação para:

  • O “D” vem da palavra “digital”;
  • O “R”, de “real”;
  • O “E” ” representa a palavra “eletrônica”,
  • O “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de repetir a última letra do Pix.

Qual é a diferença entre o Drex e o Pix?

Pix é um meio de pagamento. Já o Drex é um dinheiro digital para fazer uma operação mais segura e rápida. Então, no futuro o investidor terá uma debênture tokenizada e, no vencimento, ele poderá transferir, programado via blockchain. É um facilitador de processos, com segurança e praticidade.

Quanto custa 1 Drex?

1 Drex vale o mesmo que R$ 1. Ambos são a mesma coisa, mas o Drex só existe virtualmente e é uma representação digital do dinheiro das pessoas que está na conta corrente.

Real digital e Drex são a mesma coisa?

Sim, ambos são a mesma coisa. Aliás, antes de se chamar Drex, a moeda foi apelidada de “real digital”.

Quando entra em vigor o Drex para o público em geral?

O Drex está em fase de teste até maio de 2024. Neste período, os técnicos estão testando o programa em si, a escalabilidade do programa e a segurança da rede.

Quem pode aderir ao Drex?

Assim como o Pix, o Drex poderá ser acessado por qualquer pessoa que tenha conta em banco e decida fazer alguma transação financeira (pagar um imóvel ou comprar um título público, por exemplo).