Gastos sobem e metade dos endividados não tem como pagar compras de Natal, diz J.P. Morgan
Joyce Chang, chefe da área de pesquisas do J.P. Morgan, disse neste domingo (12), em evento em Nova York, que as pressões inflacionarias nos serviços continuam pesando e que o aumento de demanda mostra que há um ambiente complexo para os preços.
A executiva se referiu aos mercados americano e global, mas economistas no Brasil dizem que a aceleração de preços têm exigido ação mais dura do Banco Central em relação à taxa de juros, em alta desde 2024.
“Pensamos no que pode dar errado no mundo, e aí está a inflação elevando preços em serviços após a pandemia. Além disso, há muitos fatores cíclicos em torno da pandemia e após a guerra da Rússia (contra a Ucrânia), que elevam as incertezas políticas”, disse ela.
Gastos mais intensos nos Estados Unidos
Além disso, ela disse que os gastos no mundo antes e depois da pandemia estão mais fortes nos Estados Unidos do que no resto do mundo. E os gastos não discricionários chegaram perto do nível pós-pandemia.
“No Natal nos EUA, os gastos subiram, frente ao ano anterior, mas mostram que 36% dos consumidores americanos estão endividados após o Natal e só metade consegue saldar isso”, disse.
“Por que há tanto problema com inadimplência? Pessoas não usavam tanto cartão na pandemia então agora estamos em nível de dívida maior”, completou.
A executiva esteve nesta manhã na Retail’s Big Show 2025, maior evento de varejo do mundo, que reúne cerca de 40 mil inscritos, 170 palestras e 6 mil marcas.
Com informações do Valor Econômico
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