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Dinheiro inesperado: investir ou gastar?
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Tudo vale para sintonizar a mente com a prosperidade
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Uma regra é geral: sempre que possível deixe de pagar juros
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Invista em si e na sua família
Ganhar um dinheiro inesperado é algo que todos comemoram. Não é sempre, mas pode acontecer. Não importa se você é sortudo ou louco por ter apostado de forma contrária a todas as expectativas.
Essa grana extra pode vir por uma herança inesperada, bônus ou aumento salarial; vender algo que você sequer lembrava que tinha, prêmios de concursos, sorteios ou loterias, trabalhos freelances, reembolsos ou restituições de imposto; ou até mesmo de investimentos que tragam ganhos extraordinários.
Obviamente, aqui não estamos tratando de algo imoral ou ilegal.
Dependendo do contexto, quem recebe esse dinheiro extra pode ser chamado de “sortudo” ou “louco”.
Se você ganhou uma grana extra sem esforço algum, sem comprometer sua vida financeira, sem dúvida você tem sorte. Mas, se você “apostou” contra todas as previsões e colocou em risco o seu dinheiro você é louco ou, melhor, um louco sortudo.
Oração para receber dinheiro
Basta mergulhar um pouco na internet que já são encontradas dicas para conseguir dinheiro exta. Desde banho de arruda e sal grosso, acender velas, Feng Shui, usar amuletos da sorte ou mesmo repetir mantras e estimular pensamentos positivos.
Tudo vale para sintonizar a mente com a prosperidade e abrir caminhos para trazer novos recursos financeiros.
Há aqueles que fazem um apelo direto a santos, como São Judas Tadeu, que é conhecido como o santo das causas impossíveis – e, também, frequentemente invocado em situações financeiras difíceis.
Há, também, Santo Expedito, o santo das causas urgentes, que é invocado em situações financeiras urgentes – ou Santa Edwiges, reconhecida como a padroeira dos endividados, que ajuda quem está em dificuldades financeiras.
Essas práticas são ligadas a crenças pessoais, espiritualidade e mentalidade positiva, mas não substituem uma abordagem realista e prática para lidar com questões financeiras, como planejamento, economia e busca de oportunidades adequadas.
Em síntese, não importa se você é sortudo ou irracional, embolsar um dinheiro extra leva você a ter que tomar uma decisão:
O que devo fazer com esse dinheiro extra?
Tenho dívidas!
A primeira consideração é olhar o seu orçamento e ver como as coisas estão. Caso você esteja inadimplente, não tenha a menor dúvida, quite essa dívida ou use esse dinheiro extra como parte de pagamento do débito.
Mas, dentro de um planejamento para eliminar esse problema da sua vida.
Esse planejamento para resolver os problemas de dívidas deve obedecer a uma sequência:
a) Faça um levantamento completo dessas dívidas, buscando pelos credores e conseguindo os valores exatos atualizados, de preferência por escrito;
b) Confira todos os valores. Em caso de dúvidas, leve para um especialista verificar tudo. Às vezes são colocados itens que não devem entrar como dívida ou mesmo cálculos exorbitantes;
c) A seguir, reorganize o seu orçamento, já com os recursos extras recebidos;
d) Apresente aos credores uma proposta de pagamento buscando um bom desconto.
Importante: proponha um plano de quitação que caiba no seu bolso.
Definitivamente, resolver os problemas financeiros é o melhor remédio para poder colocar a cabeça no travesseiro e dormir em paz.
Você não está inadimplente, mas tem dívidas
Bom, nesse caso você tem que parar para pensar um pouco. A tentativa é pagar o maior volume de dívidas, sem dizimar a sua reserva para emergências, mesmo que seja pouca.
Sempre comece por quitar as dívidas com taxas de juros mais altas.
Aquelas dívidas que estão cabendo dentro do orçamento e não estão trazendo preocupação com sua evolução, em relação ao indexador ou taxa de juros, podem ser mantidas simultaneamente que a reserva financeira para emergências.
Uma regra é geral: sempre que possível deixe de pagar juros.
Portanto, ter uma vida financeira mais organizada evita conflitos familiares e nos permite uma convivência com maior grau de bem-estar.
Não tenho dívidas e quero usar o dinheiro extra
Neste caso você vai poder realizar um sonho ou simplesmente engordar a poupança – investindo o dinheiro extra.
Mas, faça isso de maneira inteligente. Isto significa praticar:
- Planejamento;
- Dedicação;
- Conhecimento.
Como gastar o dinheiro com inteligência?
Uma melhor gestão de nosso próprio dinheiro nos leva a:
- Consumir com prazer;
- Estar preparado para uma emergência;
- Viver bem no período da aposentadoria.
Gastar com inteligência significa consumir de maneira consciente. Realizar os gastos necessários para nosso bem-estar, de maneira que nos permita viver melhor, de acordo com a nossa condição financeira e o nosso orçamento familiar.
Significa, também, estabelecer uma relação saudável com o dinheiro, uma relação positiva, que deve começar desde a infância.
A primeira pergunta que todo consumidor deve fazer a si mesmo na hora de consumir é: eu preciso ou quero isso?
Eu preciso: Se a resposta é na real necessidade de algo, não há muito o que fazer. Mesmo que você não tenha o dinheiro na mão esse gasto pode ser necessário.
É importante verificar distinguir o supérfluo do indispensável.
Eu quero isso: Neste caso o dinheiro extra vai permitir até comprar algo supérfluo. Mas, que fique claro que o preço do supérfluo não vale a pena quando provocar endividamento.
Por outro lado, mesmo os gastos que couberem no seu orçamento devem ser avaliados.
Dê preferência ao consumo de algo que seja para toda a família, como uma viagem, reforma da casa, sair do aluguel, entre outros.
Mas, considere, também, fazer um curso extra, intercâmbio.
Enfim, invista em si e na sua família.
Quero engordar a poupança
Ótimo, o importante é começar a investir, mas faça isso com algum objetivo em mente.
Reserva para emergências
- A primeira coisa a considerar é criar uma reserva de emergência. Busque manter um montante equivalente de 3 a 6 meses de salário;
- Invista em um ativo financeiro de alta liquidez e baixo risco, como o Tesouro Selic ou um CDB de liquidez diária;
- Crie uma estratégia de investimento para fazer dinheiro render.
A palavra-chave que permite a administração de nossas finanças é organização.
O primeiro passo da organização é o planejamento.
Para isso:
- Defina objetivos;
- Refaça o seu orçamento;
- Respeite o orçamento;
- Gaste menos do que ganha.
Em suma, estabelecer os seus objetivos significa marcar bem os seus sonhos ainda não conquistados. Isto demonstra que você deve quantificar e datar esses objetivos.
Por exemplo, o seu objetivo é comprar a casa própria, assim deve ser estabelecido qual o valor desse imóvel e em qual o prazo para conquista desse sonho.
Como próximo passo, busque no mercado alternativas de investimento que se casem com os seus objetivos, em termos de prazo e grau de risco aceitável.
Um dos objetivos que todos temos é ter uma boa condição de vida quando aposentados, assim, devem ser buscados produtos financeiros dedicados a aposentadoria para compor a parte de sua carteira de investimentos dedicada a esse objetivo.
Investimentos de longo prazo e com um grau de risco médio, como planos de previdência privada, títulos do Tesouro de longo prazo, fundos com perfil moderado e uma pequena parte em renda variável.
Logo, investir sem um objetivo bem estabelecido não permite a definição de uma estratégia que faça o seu dinheiro render adequadamente.
Os melhores investimentos são aqueles que realizamos com conhecimento, usando de nossa experiência e habilidades, mas principalmente que estejam em consonância com o que planejamos para os recursos.
Por fim, as pessoas que se dizem com o maior grau de bem-estar financeiro são aquelas que investiram e usam os recursos para estarem gozando a vida da forma que planejaram viver.
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