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É importante saber quando a Selic vai cair?
O Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) volta a se reunir nos dias 2 e 3 de maio para, de acordo com o consenso do mercado financeiro, manter a taxa Selic em 13,75% ao ano pela sexta vez consecutiva.
A inflação (IPCA) acumulada em 12 meses, que estava acima de 10% quando o colegiado subiu os juros para o atual patamar, em agosto de 2022, agora está em 4,16%. É o que informa a prévia de abril (IPCA-15) divulgada pelo IBGE na última quarta-feira (26).
Como não existe a expectativa de redução da Selic neste momento, mesmo com a inflação dando sinais de desaceleração, as atenções estarão novamente voltadas para o comunicado do Copom – e posteriomente para a ata do que foi discutido e decidido da reunião.
A pergunta ainda sem resposta segue igual: haverá uma sinalização de quando a Selic vai finalmente baixar?
Selic vai cair?
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse em audiência no Senado que não sabe quando de fato a Selic vai cair. Pelo contrário, Campos Neto indicou que a Selic poderia estar em 26,75%, se a autoridade monetária quisesse atingir a meta de inflação de 3,25% projetada para este ano.
Análises de bancos, gestoras de investimentos e casas de análises apontam pelo menos três possibilidades: pode ser já no terceiro trimestre, no quarto trimestre ou então apenas em 2024. No boletim Focus, a estimativa é que a Selic encerre 2023 em 12,50%.
Como a queda dos juros pode afetar seu bolso
Mas por que para você, investidor e investidora, é importante saber isso agora? O especialista em finanças pessoais Fabio Gallo, professor da FGV (Fundação Getulio Vargas) e colunista da Inteligência Financeira, explica.
“No mundo das finanças e economia, saber o que e quando algo vai acontecer faz a diferença. Pode nos trazer muito dinheiro ou, no mínimo, evitar perdas”, afirma. “Isso porque deixamos a incerteza de lado. Em outros termos, conhecermos o futuro afasta ou diminui o risco”, acrescenta.
Gallo lembra que a taxa de juros é uma das variáveis mais importantes do mercado. “É um dado que pode mudar toda a perspectiva sobre a economia. Afeta decisões sobre tomar empréstimo, comprar e vender imóveis, entre tantas outras do nosso dia a dia”, reforça.
E para quem investe?
“Particularmente, [afeta nossas decisões] quando tratamos de investimentos. Quando a taxa sobe ou desce, mudamos as decisões sobre a composição da nossa carteira. Essa questão é muito importante para o investidor”, frisa.
O especialista destaca, no caso das aplicações financeiras, que as carteiras são rebalanceadas conforme as perspectivas de retornos frente ao risco dos ativos. “Hoje, no mercado, a renda fixa está proporcionando bons rendimentos devido ao fato de a Selic ser mantida nas alturas”, diz.
“Mas o investidor deve ficar atento e buscar manter o equilíbrio entre risco e retorno dos seus investimentos. Assim, mudando de posição para títulos de maior risco conforme a queda da taxa de juros”, acrescenta.
Fabio Gallo, no entanto, pondera sobre mudanças bruscas no plano de investimentos. “Isso não quer dizer para transformar essas rebalanceamento em uma porta giratória, ao sabor dos ventos. Mudando de posição a cada momento. Sempre deve ser mantida uma estratégia e diversificação da carteira”, completa.
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