Preços de imóveis sobem; veja o que fazer se você está pensando em comprar a casa própria

Valores subiram em 46 das 50 cidades pesquisadas
Pontos-chave:
  • Entre as 16 capitais do estudo, apenas Porto Alegre registrou queda nos preços médios
  • Das 50 cidades pesquisadas, 18 registraram aumento maior que o IPCA

O Índice FipeZAP+, que acompanha o comportamento dos preços de venda de imóveis residenciais em 50 cidades brasileiras, registrou alta de 0,49% em fevereiro, desacelerando em relação a janeiro, quando registrou 0,53%. O levantamento apontou elevação dos preços em 46 das 50 cidades monitoradas, sendo que, em 18 delas, essa variação superou a inflação ao consumidor medida pelo IPCA, estimada pelos agentes financeiros, de 0,88%, segundo o Boletim Focus, divulgado ontem.

Entre as 16 capitais acompanhadas, a única cidade a não registrar aumento mensal no preço de venda residencial foi Porto Alegre, com queda de 0,01%. Nas outras cidades, o aumento foi o seguinte:

  • Vitória: 2,36%,
  • Goiânia: 2,25%,
  • Campo Grande: 1,50%,
  • Fortaleza: 1,18%,
  • Maceió: 1,15%,
  • João Pessoa: 1,09%,
  • Florianópolis: 1,07%,
  • Salvador: 0,89%,
  • Brasília: 0,50%,
  • São Paulo: 0,38%,
  • Recife: 0,33%,
  • Belo Horizonte: 0,30%,
  • Curitiba: 0,22%,
  • Rio de Janeiro: 0,19%,
  • Manaus: 0,09%.

Maiores aumentos

Nos primeiros dois meses do ano, o Índice FipeZAP+ de venda residencial registra alta acumulada de 1,02%. Os aumentos dos preços residenciais mais significativos, no período, foram em Goiânia (+4,32%), Vitória (+3,97%), Campo Grande (+3,50%), Maceió (+2,82%), Florianópolis (+2,31%), Fortaleza (+1,90%), João Pessoa (+1,83%), Salvador (+1,38%) e Brasília (+1,27%).

Aumento generalizado nos preços

Em 12 meses, o Índice FipeZAP+ registra crescimento de 5,71%. Todas as 50 cidades monitoradas tiveram movimento de alta dos preços de venda de imóveis residenciais, com destaque para Vitória (+22,45%), Maceió (+17,93%) Goiânia (+17,44%), Florianópolis (+16,35%) e Curitiba (+13,98%). Em níveis menores, Campo Grande (+9,34%), Brasília (+9,25%), João Pessoa (+8,73%), Manaus (+8,65%), Fortaleza (+7,92%), Recife (+4,82%), Belo Horizonte (+4,49%), Porto Alegre (+4,29%), São Paulo (+4,12%), Salvador (+3,27%) e Rio de Janeiro (+2,01%).

Qual é o preço médio do m² no Brasil?

Com base na amostra de anúncios de imóveis residenciais para venda no mês passado, segundo o levantamento, o preço médio para as 50 cidades monitoradas pelo Índice FipeZAP+ foi de R$ 7.941/m². Entre as 16 capitais acompanhadas pelo índice, São Paulo ainda tem o valor médio mais elevado (R$ 9.787/m²), seguida pelo Rio de Janeiro (R$ 9.682/m²), Vitória (R$ 8.843/m²), Florianópolis (R$ 8.794/m²) e Brasília (R$ 8.723/m²). No sentido oposto, Campo Grande (R$ 4.749/m²), João Pessoa (R$ 5.015/m²), Goiânia (R$ 5.333/m²) e Salvador (R$ 5.404/m²) têm os menores preços médios.

O que fazer?

Morar em um imóvel alugado te dá mais flexibilidade: você pode sair dali quando o contrato vencer ou até antes, pagando a multa. O aluguel também funciona para quem ainda não se estabilizou financeiramente. Mas nem tudo é uma questão financeira. Os especialistas afirmam que é preciso levar em consideração diversos aspectos além dos econômicos para escolher entre a locação e a compra da casa. Por exemplo: quem está planejando uma transição de carreira, aumento da família ou qualquer outra mudança que impacte na necessidade de mobilidade, a opção do aluguel pode ser também vantajosa. Agora, se seus objetivos caminham na direção oposta, redobre sua atenção às contas. O percentual de renda comprometido com o financiamento imobiliário, e com outros tipos de dívidas, não pode ultrapassar 30% da sua renda líquida, para não comprometer o orçamento financeiro de toda a família.

Com reportagem do Valor Investe