Financiamento imobiliário: como pagar 30 anos em 15

Sim, com a amortização é possível sair do financiamento imobiliário em menos tempo que o acordado. Saiba como.

Seu sonho sempre foi comprar um imóvel, mas sente arrepios ao ver aquelas parcelas do financiamento imobiliário se estenderem por quase 30 anos? Ou já está neste tipo de parcelamento, e não vê a hora de tudo isso acabar? Pois sabia que tem uma forma de acelerar esse processo. É pela amortização com pagamentos extras.

Esta modalidade vai mudar seu jeito de ver suas finanças, fazer com que você se planeje melhor e te tirar de um financiamento de 30 anos em apenas 15, ou até menos. Duvida? Eu te mostro como.

A mágica da amortização no financiamento imobiliário

Quando você faz uma grande compra, como de uma casa, geralmente paga o financiamento imobiliário em parcelas mensais. A cada pagamento feito, se está reduzindo uma parte da dívida. Por tanto, isto é o que chamamos de amortização.

Mas, além das prestações mensais normais, conhecidas por amortização regular, o financiado pode optar por fazer pagamentos avulsos para diminuir a dívida, pagando, assim, menos no futuro. Esta estratégia pode te ajudar a economizar muito dinheiro. Como? Vamos a um exemplo: um financiamento imobiliário de 30 anos.

A estratégia é que os pagamentos avulsos sejam feitos de trás para frente, pagando o último boleto disponível sempre que for possível. Isso mesmo: de trás pra frente. O pagamento hoje deste boleto, o último lá no ano 30, alivia os juros e seguros embutidos no valor do financiamento.

Como funciona a conta?

Os bancos cobram alto do consumidor o preço por emprestar o dinheiro por tanto tempo. Antecipando os pagamentos do financiamento imobiliário, o comprador consegue se livrar desses juros, já que o banco não vai receber antes o que ele esperava em muito mais tempo. As taxas de seguro de vida e seguro do imóvel também são aliviadas nesse processo.

Ou seja, se você está no primeiro ano de financiamento pagando R$ 1.500 mensais e tem uma sobra de R$ 1.000 no fim do mês, pode conseguir pagar mais alguma prestação com esse dinheiro. Isso acontece porque o valor das parcelas do final do financiamento é menor que as parcelas do início – vamos falar mais disso daqui a pouco. Esses boleto tem taxas de juros e seguro muito menores. Então, dá para quitar uma parcela que seria paga em 30 anos no tempo presente com muito menos dinheiro do que seria necessário no futuro.

Prazo ou preço do financiamento imobiliário? Cuidado com a pegadinha!

Sobrou dinheiro e você quer amortizar mais uma parte da sua dívida do financiamento do imóvel, além do que já paga mensalmente. Certo? Você abre o aplicativo do banco e ele pode te dar duas opções:

  1. menor prazo de financiamento, pagando uma quantidade menor de parcelas e, portanto, quitando mais rapidamente.
  2. menor valor dos boletos, o que vai diminuir suas parcelas mensais, mas mantém intacto o prazo de financiamento.

Aqui há uma pegadinha: se o consumidor opta por amortizar pelo preço, diminuindo o valor das parcelas, ainda vai pagar juros e seguro. A opção recomendada por especialistas é a amortização por prazo, já que assim o cliente deixa de pagar boa parte dos juros porque o banco vai “emprestar” aquele dinheiro por menos tempo do que os anos planejados inicialmente.

Ainda com dívidas?

Mesmo com essa opção, as contas estão confusas e você acha que não vai conseguir honrar nem a parcela do mês do financiamento? Pois vão cinco dicas de como se organizar o seu fluxo de caixa pra se livrar das dívidas:

  1. Crie um diagnóstico das suas finanças: primeiro passo é usar um tempo para criar o planejamento financeiro, que é a ferramenta de controle das economias pessoais.
  2. Complemente sua renda: desde vender coisas que pouco usa, fazer alguns bicos ou dar aulas de temas que você entende melhor que a maioria das pessoas. Inclusive, se você tiver um trabalho com contrato CLT, utilize do valor do 13o salário como mais uma forma de acumular dinheiro.
  3. Renegocie: separe os déficits que você pode pagar com desconto e priorize.
  4. Busque uma portabilidade para o seu crédito: caso não seja possível renegociar sua dívida, proponha a uma outra instituição financeira que ela quite o seu débito.
  5. Mantenha o planejamento mesmo após a quitação das dívidas: viver com menos do que se ganha e poupar é essencial.

Preparado para quitar a sua casa em menos tempo do que esperava? Seguindo essas dicas, tenho certeza que você vai conseguir.