Mais da metade dos brasileiros acredita que estará menos endividada em 2023

Para 55% das pessoas, o Brasil vai melhorar, mostra pesquisa da Febraban

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou uma pesquisa em parceria com o Ipespe sobre as expectativas dos brasileiros para 2023.

O estudo foi realizado entre 29 de novembro e 5 de dezembro, e ouviu 3 mil pessoas.

Para 36% dos entrevistados, as finanças pessoais devem melhorar no próximo ano.

Além disso, mais da metade (56%) acredita que estará menos endividada.

Atualmente, o endividamento das famílias está em níveis recordes, segundo dados do Banco Central.

Brasileiro está otimista

O otimismo dos brasileiros também predomina em relação ao país, porém de modo menos expressivo do que em relação à vida pessoal, e com alguma dose de cautela.

Para 55%, em 2023, o Brasil vai melhorar. Na direção contrária, a piora é esperada por 26%. Para 13% dos respondentes, o país vai permanecer igual.

De todo caso, prevalece a opinião de que a economia só vai se recuperar a partir do próximo ano (45%).

Mas pouco mais de um terço opina que a economia já está se recuperando (39%).

Já a parcela mais pessimista, que não enxerga perspectivas de recuperação econômica, representa 8% das pessoas que responderam.

Para os próximos seis meses, 49% creem que as taxas de juros vão diminuir ou permanecer iguais; 48% acreditam que vão aumentar.

Além disso, 53% acham que a inflação vai diminuir ou ficará no patamar atual, contra 45% que declaram que irá aumentar.

Sobre o acesso ao crédito, 72% creem que recursos para pessoas e empresas vão aumentar ou ficarão como estão. Cerca de um quarto acredita em diminuição (23%).

Expectativa sobre o governo Lula

Quase metade dos brasileiros (46%) acredita que o governo Lula será ótimo/bom e outros 16% imaginam que será regular.

Na outra ponta, pouco menos de um terço (31%) avalia que o novo governo será ruim/péssimo.

Cerca de um terço (33%) acredita que o comportamento dos juros, do dólar e da bolsa de valores será o principal obstáculo a ser enfrentado pela nova administração.

Já a falta de apoio do Congresso aparece em segundo lugar, com 16% das menções. Em terceiro lugar (14%) como entrave que pode prejudicar o bom desempenho do próximo governo aparecem as manifestações e falta de apoio da população.

Confiança dos bancos

Em relação ao setor financeiro, a confiança nos bancos manteve-se relativamente estável (59%), com oscilação positiva de 2 pontos comparativamente ao levantamento de junho.

Com relação às fintechs, a confiança segue padrão semelhante, com oscilação positiva de 2 pontos, chegando a 57%.

A opinião sobre a contribuição positiva do setor bancário para seu negócio ou para sua atividade profissional aumentou 5 pontos, para 49%.

Porém, o único item com leve redução na percepção positiva, a ajuda para o país, a população e seus clientes enfrentarem a crise do coronavírus obtém 49% de menções (eram 50% em junho).

Golpes bancários

Dos entrevistados, 30% dizem já ter sido vítimas de golpe bancário ou de pelo menos uma tentativa.

Os tipos mais comuns são clonagem ou troca do cartão (48%), golpe de falso conhecido no WhatsApp (30%), falsa central telefônica (24%), leilão ou loja virtual falsos (9%) e saque indevido da conta (4%).

Jovens endividados

Porém, hoje os jovens estão se endividando. E não são poucos: segundo o SPC Brasil, de cada 10 jovens de 25 a 29 anos, 4 estão endividados. E foi sobre isso que conversamos com Bia Santos, CEO e fundadora da Barkus, vencedora do prêmio Mulheres que Transformam, da XP, na categoria Inovação em Finanças, na Entrevista da Semana que você confere logo abaixo: