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Ações em queda: é hora de comprar os papéis da Lojas Renner (LREN3)?
Logo após a divulgação dos resultados do quarto trimestre, em fevereiro – nada animadores, por sinal –, as ações da Lojas Renner (LREN3) haviam caído quase 30% no Ibovespa no acumulado de seis meses. Desde então, LREN3 segue em declínio.
Se em 17 de fevereiro o ativo fechou o pregão valendo R$ 19,42, na quinta-feira (27), ao final do dia, estava cotado a R$ 15,01. Às vésperas da divulgação do resultado do primeiro trimestre deste ano, prevista para o próximo dia 3, muitos investidores se perguntam se vale a pena comprar ações da empresa.
Além disso, em meio a uma concorrência acirrada, a Lojas Renner (LREN3) tem batido forte em empresas chinesas, como a Shein.
Falando em um evento do BTG em fevereiro, o CFO da Renner, Daniel Martins, disse que o Brasil “não precisa mudar a lei. Basta aplicá-la.” “Tem alguns players estrangeiros que praticam a lei. Por que outros não praticam? Por governança e princípios,” declarou ele.
A seguir, confira mais informações sobre Lojas Renner (LREN3) e veja se é hora de investir na empresa.
O que é a empresa Lojas Renner (LREN3)?
De acordo com o site da empresa, a história do nome Renner começou a ser escrita por Antônio Jacob Renner, descendente de alemães radicado no Rio Grande do Sul, em 1912. Naquele ano, ele iniciou o grupo A. J. Renner, indústria fabril instalada no bairro Navegantes, em Porto Alegre.
Dez ano depois, o empresário inaugurou em 1922, também na capital gaúcha, seu primeiro ponto de venda para a comercialização de artigos têxteis. Vendia capas de pura lã e capas do vestuário masculino – conhecidas como Capa Ideal –, resistentes ao frio, ao vento e às chuvas, tornando-se uma peça de roupa indispensável, tanto para o gaúcho da região da Campanha e caixeiros-viajantes, como também ao homem da cidade.
A partir de 1940, com a comercialização de um mix mais amplo de produtos, passou a ser uma loja de departamentos. Em 1965, houve a constituição de Lojas Renner S.A. e em 1967 tornou-se uma empresa de capital aberto.
Reestruturação
Ao final de 1991, a companhia passou por uma completa reestruturação e profissionalização da gestão. O modelo de loja de departamentos completa foi substituído pelo conceito de loja de departamentos com especialização em moda.
A partir de 1994, iniciou-se o plano de expansão da companhia. Inaugurou lojas além das fronteiras do Rio Grande do Sul, passando então a atuar nos estados de Santa Catarina (1994) e Paraná (1996). Em 1997, foi dado outro grande passo: a entrada da companhia no estado de São Paulo, principal centro econômico do país.
Ao final de 1998, foi transferido o controle acionário da companhia para a J. C. Penney, umas das principais redes de loja de departamento dos Estados Unidos na época.
Em 2005, a J.C. Penney vendeu todas as ações na bolsa brasileira, ficando a companhia sem acionista controlador. Com 100% das suas ações em circulação, a empresa foi considerada a primeira corporation do Brasil. Desde então, a Renner passou a integrar o segmento do Novo Mercado da B3.
Exterior
Em 2017, a Renner abriu as suas primeiras lojas fora do Brasil, em Montevideo, no Uruguai, com o mesmo posicionamento do Brasil. Em 2019, a Companhia inaugurou quatro lojas na Argentina, marcando o início das operações neste país.
Vale a pena investir em Lojas Renner (LREN3)?
Após a divulgação do balanço do quarto trimestre de 2022, em fevereiro, o Goldman Sachs afirmou que os resultados financeiros da Lojas Renner (LREN3) foram impulsionados por efeitos não recorrentes no quarto trimestre. Entretanto, tirando esses números, os valores vieram mais fracos do que o esperado, com tanto varejo quanto serviços financeiros decepcionando no período, conforme os analista do banco.
O Goldman Sachs tem recomendação de compra para Lojas Renner (LREN3), com preço-alvo em R$ 35.
Para o Credit Suisse, a Lojas Renner reportou resultados fracos no quarto trimestre, com queda nas vendas mesmas lojas no varejo, margens ainda abaixo dos níveis de 2019, bem como prejuízo em serviços financeiros devido a níveis de inadimplência ainda altos.
Sendo assim, o Credit Suisse tem recomendação neutra para LREN3, com preço-alvo de R$ 43.
Cenário desafiador
Na avaliação dos analistas do Citi, o Ebitda ajustado de R$ 919 milhões foi 5% abaixo das estimativas. As vendas, por sua vez, foram 2% abaixo do que esperava o banco. “O quarto trimestre sem dúvidas foi desafiador não só para a Renner, mas para o setor, com clima mais frio do que o esperado e a Copa do Mundo afetando o tráfego nas lojas”, comentam.
Nesse sentido, o Citi tem recomendação de compra para Lojas Renner (LREN3), com preço-alvo em R$ 30.
Shein no Brasil x Lojas Renner (LREN3)
O investimento da Shein no Brasil após a polêmica em torno da taxação das importações coloca três pedras no caminho das varejistas de moda como Lojas Renner (LREN3), de acordo com os especialistas do Santander. Em relatório divulgado no último dia 24, os profissionais do banco reforçam que é difícil ter uma compreensão clara desses impactos no longo prazo, mas que o cenário à vista não será nada fácil.
Na visão dos analistas do Santander, o investimento da Shein no Brasil pode fazer com que as varejistas enfrentem necessidade de maiores investimentos em parcerias com fornecedores novos e existentes; adoção acelerada do e-commerce em todo o segmento; riscos de rentabilidade, uma vez que a concorrência por mão de obra qualificada deve aumentar, aliada à pressão de preços.
Com esse cenário sobre o investimento da Shein no Brasil, o Santander trabalha com recomendação outperform (equivalente à compra) para as ações da Lojas Renner (LREN3), com o preço-alvo de R$ 30.
Como comprar ações da Lojas Renner (LREN3)?
Primeiramente, para comprar ações da Lojas Renner (LREN3), você deve abrir uma conta em uma corretora de valores. Depois disso, é só transferir o dinheiro que deseja investir para a sua conta e começar a negociar por meio do ticker LREN3.
Dividendos e JCP: Renner (LREN3) paga mais de R$ 170 mi em proventos
A Lojas Renner (LREN3) distribuiu em março mais de R$ 170 milhões em dividendos e juros sobre capital próprio (JCP). De acordo com a varejista de vestuário, foram R$ 174.230.454,63 pagos na forma de JPC, ou R$ 0,182327 por ação.
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