Apenas três Exchange Traded Funds (ETFs) de ações nacionais tiveram captação líquida positiva no mês de abril. Ou seja, eles tiveram mais dinheiro sendo investido do que resgatado no mês, segundo o levantamento mensal da Teva Índices. Os ETFs são considerados um dos instrumentos mais fáceis e baratos para diversificar a carteira de investimentos. Eles são fundos passivos que replicam índices de ações ou de renda fixa e são negociados por meio do home broker da corretora. Como acompanham esses índices já prontos da Bolsa (e, por isso, os gestores têm menos trabalho) eles costumam ter baixa taxa de administração.
O que é um fundo de gestão passiva?
Você conhece a diferença entre fundo com gestão ativa e um outro, que tenha gestão passiva, como é o caso dos ETFs? O economista Pedro Paulo Silveira, diretor de gestão de investimentos da Nova Futura, explica no Entrevista da Semana que está logo abaixo:
ETFs de ações nacionais
A soma da captação dos únicos três ETFs de ações nacionais que fecharam o mês com mais entrada de dinheiro do que saída foi de R$ 214,38 milhões. Os três somam 48,2 mil cotistas e têm um patrimônio líquido de R$ 2,5 bilhões.
Os fundos em questão são o SMAL11, que acompanha o índice de “small caps”, onde estão empresas com menor valor de mercado; o IBOV11, que acompanha o índice Ibovespa e é administrado pelo BTG Pactual; e o TECB11, que acompanha o índice Ações Tech Brasil, onde estão empresas de tecnologia.
Para se ter uma ideia da queda na captação, em março, o ranking dos cinco fundos que mais captaram somava R$ 833 milhões de captação, uma alta de 460% em relação a fevereiro.
Já entre os cinco ETFs de ações internacionais que mais captaram em abril, a soma da captação foi de R$ 72,77 milhões. Eles reúnem, ao todo, 37,3 mil cotistas e têm um patrimônio líquido de R$ 495,3 milhões.
Assim como em março, o favorito do mês foi o USAL11, que investe nas grandes empresas dos Estados Unidos, como Google, Facebook, Amazon, NVIDIA, Tesla, Microsoft e Disney. Em seguida, aparece o WRLD11, que acompanha um índice que reúne mais de 9.000 empresas internacionais. Em terceiro lugar no ranking de captação vem o NASD11, que busca seguir o desempenho das 100 maiores empresas listadas na Bolsa americana Nasdaq.
Em quarto lugar vem o USTK11, que replica outro ETF, o VGT, que reúne empresas de tecnologia da bolsa de Nova York, a NYSE. Por fim, aparece o ESGD11, que investe em companhias que cumprem os principais requisitos da agenda ESG (sigla que designa empresa com boas práticas nos âmbitos ambiental, social e de governança).
O resultado da captação desses produtos também foi pior do que o visto em março, quando os cinco índices que compunham o ranking das maiores captações somavam R$ 87,9 milhões.