Bilionários perdem fortunas e quem paga o pato? Sim, você

Eles deixaram de ser extremamente ricos porque as ações das empresas despencaram
Pontos-chave:
  • Os papéis do Magalu caíram 67% neste ano até meados de junho
  • Já as ações da Hapvida perderam 43% e, as da MRV, de 32%

Nas últimas semanas, com a queda das Bolsas, muitos bilionários perderam parte de suas fortunas e tiveram seus nomes riscados da lista de mais ricos do mundo elaborado pela revista Forbes. Alguns exemplos aqui do Brasil são: Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza (MGLU3); Rubens Menin, da construtora MRV (MRVE3); Candido Koren de Lima Junior e o irmão Jorge Koren de Lima, filhos do fundador da Hapvida (HAPV3).

E o que você tem a ver com isso? Muita coisa. Principalmente se você é acionista dessas empresas. Os papéis do Magalu caíram 67% neste ano até meados de junho. Já as ações da Hapvida perderam 43% e, as da MRV, de 32%.

O que justifica as quedas das ações de Magalu, MRV e Hapvida?

Os analistas de Varejo da XP, um dos setores que têm sido mais penalizados na Bolsa desde a mudança de humor do mercado em junho do ano passado é o de e-commerce. O setor é afetado pela deterioração macroeconômica, com a inflação mais persistente que o projetado, além da guerra de Rússia e Ucrânia e da continuidade de lockdowns na China.

Além disso, os analistas ainda destacam:

  • a redução do poder de compra do brasileiro;
  • um cenário de forte alta de juros;
  • a demanda fraca por bens de consumo;
  • o aumento do custo de capital;
  • a acirrada competição do setor;
  • e a mudança do foco do mercado.

É hora de investir no Magalu?

O varejo passa por momentos extremamente desafiadores atualmente. Com inflação e juros altos, as margens do setor estão sendo cada vez mais pressionadas. Porém, muitos investidores gostam do setor e não abrem mão de ter um representante na carteira. Magazine Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3) são os principais nomes do varejo na Bolsa  brasileira, mas qual ação  é melhor? A resposta você encontra no nosso Duelo IF, no link logo abaixo:

Hapvida: números decepcionaram

Segundo a XP, a Hapvida apresentou resultado abaixo do esperado no primeiro trimestre do ano, com lucro líquido ajustado de R$ 78 milhões. Na análise do balanço da empresa, os especialistas da XP apontaram que o crescimento orgânico ainda é problema. Para Priscila Araújo, da Macro Capital, os tickets baixos, influenciados pelos reajustes de planos da ANS impactaram a empresa até o primeiro trimestre de 2022.

MRV: custos sob pressão

No caso da MRV, os resultados dos últimos anos têm sido prejudicados pela margem bruta abaixo do esperado, devido aos custos sob pressão, afetados principalmente pelo forte aumento do preço do aço. Segundo a análise do head de Real Estate da XP, Ygor Altero, diante do cenário inflacionário mais desafiador, com juros mais altos, a maioria das empresas do setor de construção civil teve dificuldade em repassar os preços, dado o poder de compra mais limitado do consumidor.

Forbes mais magra: 329 bilionários saíram da lista

Segundo ranking Forbes deste ano, 329 pessoas não são mais bilionárias. Além da queda das ações, os patrimônios foram afetados pela guerra na Ucrânia e pela repressão tecnológica na China, destacou a revista.

Entre os nomes que saíram estão Whitney Wolfe Herd, que fez fortuna com o aplicativo de namoro Bumble; Jitse Groen, fundador da plataforma de entrega de comida Just Eat Takeaway.com; e Will Wei Cheng, fundador da Didi Global, plataforma de transporte.