Itaú BBA lança financiamento com foco em ESG e desembolsa R$ 80 mi para o Grupo Roncador

Nova modalidade tem como objetivo dar maior incentivo ao crescimento de uma agricultura com baixa emissão de carbono

Práticas ESG no agronegócio estão cada vez mais em evidência nos dias de hoje. E claro que o mercado financeiro também está de olho nisso. Tanto que recentemente o Itaú BBA financiou o valor de R$ 80 milhões por meio de uma Cédula de Produto Rural (CPR) “Cobertura” emitida pelo Grupo Roncador, um dos principais grupos agropecuários do Brasil.

Aliás, vale saber que o Grupo Roncador integra pecuária e agricultura regenerativas de alta tecnologia. E o uso dessas ferramentas ESG no agronegócio contribuem para a melhoria constante do solo.

Mas não só isso. Ajuda na diversidade da fauna, na conservação da floresta, no aumento da produção de alimentos e na evolução do balanço de gases de efeito estufa (GEE).

“A Terra é vista como um organismo vivo do qual a humanidade faz parte. E a fazenda é como um organismo agrícola vivo que recebe o impacto positivo ou negativo das ações e decisões tomadas. Buscar o equilíbrio do sistema produtivo focando em três pilares. São eles: sustentabilidade econômica, sustentabilidade social e sustentabilidade ambiental. Essas é a nossa missão e acreditamos que criar modelos inovadores de financiamento para acelerar a transição de sistemas alimentares rumo à sustentabilidade seja essencial para o reequilíbrio do planeta e bem-estar da humanidade”, afirma Pelerson Dalla Vecchia, presidente do Grupo Roncador.

Financiamento reconhece boas práticas ESG no agronegócio

A linha de financiamento da instituição faz parte da prateleira de produtos ESG Agro existentes dentro do Itaú BBA. A ideia, portanto, é financiar culturas anuais, por meio da cobertura de despesas normais do ciclo produtivo. Tendo como critério a adoção do cultivo de cobertura no período da entressafra.

“Através de uma linha simples, disponível tanto em CPR como em Crédito Rural, incentivamos a adoção de uma das principais práticas de agricultura regenerativa. Além disso, associamos nosso crédito a uma atividade de menor emissão”, explica Pedro Fernandes, diretor de Agronegócio do Itaú BBA.

Atualmente, a prateleira de produtos ESG Agro do Itaú BBA conta com cinco modalidades temáticas:

  • Bioinsumos (comercialização);
  • Bioinsumos: (uso);
  • Certificações;
  • Energia Solar;
  • Cobertura.

Desse modo, para poder adquirir à nova linha de financiamento, o Itaú BBA exige que o cliente comprove a adoção de cobertura viva na entressafra em uma área equivalente a pelo menos 25% da área financiada.

E olha que interessante: o monitoramento para identificar se o cliente segue os critérios à risca se dá por imagens de satélite.

E a comprovação considera o período de entressafra anterior ou posterior à safra que está sendo financiada.

Além disso, para que o cliente se torne elegível às linhas de produtos de financiamento ESG no agronegócio, são verificados os critérios de cada modalidade – como mencionado acima, mas também são levados em consideração critérios socioambientais adicionais aos de operações convencionais do banco.