A ajuda prometida por Mercadante para Haddad conseguir superávit fiscal

Presidente do BNDES anunciou um aumento de 50% dos dividendos enviados ao Tesouro

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, anunciou que o banco vai aumentar em 50% os dividendos enviados ao Tesouro Nacional para contribuir com superávit fiscal do governo Lula e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

“O BNDES está aumentando em 50% os dividendos a serem pagos para o Tesouro, R$ 15 bilhões. Queremos participar do esforço fiscal”, disse Mercadante durante sua participação no FII Priority Summit, encontro de líderes e executivos realizado na zona sul do Rio.

Ele participou de mesa de debates ao lado do ministro de turismo da Arábia Saudita, Ahmed AlKhateeb, e do presidente do BTG Pactual, André Esteves.

O FII Priority Summit é organizado pelo Future Investment Initiative Institute, entidade sem fins lucrativos que conta com recursos do Fundo de Investimento Público da Arábia Saudita (PIF), na sigla em inglês), cuja carteira soma US$ 925 bilhões em investimentos.

Transição energética

Ao defender investimentos no Brasil, Mercadante ressaltou no evento que o país fez sua transição energética “muito antes” de outros países, ainda que tenha produção de combustível fóssil.

O economista citou as vantagens do Brasil em segurança alimentar e no cenário geopolítico, mas ressaltou a importância da matriz energética brasileira e o desejo de o país liderar a transição energética no mundo.

“Nesse mundo com desastres naturais mais frequentes, somos o país de energia mais limpa do G20 e grande produtor de energia fóssil, com Petrobras, ainda com reservas a serem desenvolvidas. [Somos um país] que fez uma transição energética muito antes. Essa vantagem competitiva é fundamental para descarbonizar a economia”, afirmou.

Mercadante falou também sobre o protecionismo crescente das economias globais e da necessidade de mais discussões entre o Norte e o Sul, de mais parcerias e mais “adensamento das cadeias produtivas do Sul Global”.

Risco Brasil?

O presidente do BNDES ainda conclamou investidores a escolherem o Brasil, ao participar do FII Priority Summit, encontro de líderes e executivos realizado na zona sul do Rio.

“Eu vim aqui para dizer para vocês basicamente: escolham o Brasil. Mas e o risco Brasil? O maior risco que vocês vão ter é querer ficar aqui”, afirmou para então citar diferentes indicadores da economia brasileira ligados à segurança alimentar.

“Se a gente olhar mais profundamente indicadores do Brasil, somos terceiro maior produtor de alimentos do planeta, somos terceiro maior produtor de alimentos, segundo maior exportador de alimentos, quatro maior produtor de grãos, primeiro em soja, café, açúcar, suco de laranja.”

Mercadante também citou que o Brasil é um país de paz, que há 150 anos não tem guerras com vizinhos e também é o de energia mais limpa do G20.

Ao defender investimentos no Brasil, o presidente do BNDES ressaltou que o país fez sua transição energética “muito antes” de outros países, ainda que tenha produção de combustível fóssil.

“Nesse mundo com desastres naturais mais frequentes, somos o país de energia mais limpa do G20 e grande produtor de energia fóssil, com Petrobras, ainda com reservas a serem desenvolvidas. [Somos um país] que fez uma transição energética muito antes. Essa vantagem competitiva é fundamental para descarbonizar a economia”, afirmou.

Mercadante mencionou também o protecionismo crescente das economias globais e a necessidade de mais discussões entre o Norte e o Sul, de mais parcerias e mais “adensamento das cadeias produtivas do Sul Global”.

Com informações do Valor Econômico