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Stuhlberger, da Verde: ‘Bolsa brasileira é o melhor lugar para se estar’
O posicionamento geopolítico do Brasil no cenário atual de guerra entre Rússia e Ucrânia, desaceleração econômica da China e crise na Argentina faz da bolsa local um oásis entre os emergentes para o investidores estrangeiros. “A bolsa brasileira é o melhor lugar para se estar exatamente porque está todo mundo vendendo”, disse Luis Stuhlberger, gestor de um dos principais multimercados do país e presidente da Verde Asset, ao participar de um painel da Expert XP 2022, evento de finanças e investimentos.
Segundo Stuhlberger, o Brasil “se comporta melhor em termos de populismo de governo” do que outros países da América Latina, o que o faz acreditar que ter ativos da bolsa brasileira na carteira, independente de quem ganhar a próxima eleição presidencial, é bom negócio.
Sua avaliação vai ao encontro da análise de João Landau, sócio fundador e gestor macro da Vista Capital. “Gosto muito de Brasil [como tese de investimentos] e gosto muito da bolsa brasileira para depois das eleições”, disse ao participar do mesmo painel. Landau avalia ainda que o próximo presidente do Brasil deve fazer pouca diferença para o estrangeiro na hora de investir, já que tanto Jair Bolsonaro quanto Luiz Inácio Lula da Silva já adotaram posturas populistas em seus governos ao ofertarem benefícios sociais.
“O gringo olha e fala: ‘eu conheço emergente, é isso aí mesmo’. Até os Estados Unidos estão aprendendo que quando a população está sofrendo é preciso usar o fiscal. Então o gringo não vê tanta diferença entre um e outro [candidato à presidência]”, diz. Com a expectativa de continuidade do ciclo de alta de commodities, o Brasil ganha ainda mais protagonismo frente aos concorrentes, segundo Landau, que também avalia os ativos brasileiros como “muito baratos”.
“O Brasil tem uma coisa importante [entre os emergentes]. Estamos ganhando por WO. A Rússia fez gol contra, a China está desacelerando, a Argentina quebrou e a Índia é importadora de commodities. Viramos o único país [emergente] ‘investível'”, diz Landau.
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