Veja as ações preferidas do Morgan Stanley no Brasil

Banco rebalanceou sua carteira para a América Latina

Com visão negativa para o setor de commodities, e mais especificamente para o segmento de materiais, o Morgan Stanley rebalanceou sua carteira para a América Latina. A casa mantém sua exposição acima da média, ou “overweight”, em Brasil no mês de agosto, mas com preferência para ações cíclicas domésticas, que podem se aproveitar de uma queda na alavancagem operacional e de cortes nas taxas de juros locais em 2023.

Os analistas liderados por Guilherme Paiva também preferem estar expostos ao mercado chileno, vislumbrando uma menor pressão nas políticas macroeconômicas governo local; posicionamento neutro no Peru, monitorando as incertezas políticas do país; e “underweight” em México e Colômbia, vislumbrando dificuldades macroeconômicas em ambos países.

Avaliando setorialmente, e comparando com a carteira do MSCI Latin America, o banco americano segue apostando nos setores de tecnologia, construção civil e infraestrutura. Na outra ponta, os segmentos de bens de consumo, consumo discricionário e materiais, do qual mineradoras e siderúrgicas fazem parte, têm menos espaço. Já em termos de mudanças de peso, o setor de energia ganhou 3% no portfólio do MS em relação ao MSCI LA, enquanto o financeiro caiu 2,4%.

São quatro as teses do banco americano para a região: “value”, com Itaú PN e a ADR da Petrobras entre as selecionadas; crescimento defensivo, incluindo Assaí ON e Hypera ON; crescimento secular, contendo XP, BTG Pactual units, Totvs ON, MELI e Locaweb ON; e reversão do ciclo de juros em 2023, abarcando Equatorial ON, Iguatemi units, Rumo ON e Localiza ON.

Hypera ON foi uma das adições à carteira em agosto, conforme o banco buscava aumentar sua exposição a nomes domésticos defensivos e considera a empresa a melhor do setor. Hapvida ON, por outro lado, foi retirada em detrimento da primeira.