Dólar fecha em baixa com otimismo com PEC dos Precatórios e aprovação da MP que cria o Auxílio Brasil

Moeda fechou em queda de 0,54% nesta quinta-feira, negociado a R$ 5,565

No encerramento do pregão, o dólar foi negociado a R$ 5,5648, baixa de 0,54%. No mesmo horário, ele cedia 0,35% contra o rublo russo e 0,76% contra o florim húngaro, mas subia 0,72% frente ao peso mexicano e 0,41% ante o rand sul-africano. Lá fora, após dias de valorização contínua, o índice DXY da ICE também faz uma pausa no no rali. No horário acima, ele cedia 0,10%, aos 96,78 pontos.

De olho ainda em um possível indício de que a inflação esteja perto do pico no Brasil, a moeda americana operou em queda firme durante a tarde, em um movimento amplificado pelo dia de liquidez reduzida por causa do feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos. O giro do contrato para dezembro do dólar futuro, o mais líquido, foi de R$ 30,6 bilhões, metade da média diária dos últimos 17 dias úteis, de R$ 61,7 bilhões.

“Temos um dia embalado pelo apetite de risco externo, o Ibovespa também opera perto das máximas. Por aqui, a sensação ainda é de otimismo com a aprovação da PEC Precatórios”, disse ao Valor Econômico Fernando Bergallo, diretor da FB Capital.

Outro fator que apoiou a tomada de risco foi a aprovação da medida provisória (MP) que cria o Auxílio Brasil sem a correção do benefício pela inflação. Após pressão da equipe econômica, o relator da medida, deputado Marcelo Aro (PP-MG) retirou o dispositivo do texto. Com isso, a Câmara dos Deputados aprovou a MP que substitui o programa de distribuição de renda Bolsa Família. A matéria segue para apreciação do Senado e precisa ser aprovada pelas duas Casas do Congresso até o dia 7 de dezembro, para não perder a validade.

Investidores também digeriram os números do IPCA-15, que subiu 1,17% em novembro. No acumulado de doze meses, o índice chegou a 10,73%, de 10,34% registrado em outubro. Segundo um gestor ouvido pelo Valor, que preferiu não se identificar, o dado indica que a inflação finalmente fez o pico no Brasil. “Olhando a coleta diária dos preços, dá para ver que o comportamento é positivo. A sensação térmica das coisas está melhorando”, diz.

Com Valor Econômico