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Analistas destacam resultado consistente do Itaú e inadimplência melhor que rivais
Empresas citadas na reportagem:
Analistas receberam relativamente bem o balanço do Itaú Unibanco, divulgado na manhã desta segunda-feira (9). O lucro veio basicamente em linha com o esperado e, apesar de uma um pouco abaixo do esperado, a inadimplência no maior banco privado da América Latina está melhor do que nos rivais Bradesco e Santander.
“O Itaú Unibanco apresentou resultados sólidos, com lucro de R$ 7,4 bilhões (aumento de 3% no trimestre), levando a um ROAE (retorno anualizado sobre o patrimônio líquido) de 20,4% (ante 20,2% no quarto trimestre de 2021). O índice de inadimplência foi uma surpresa positiva, aumentando apenas 0,1 ponto porcentual – melhor desempenho que Bradesco e Santander Brasil. A carteira e o capital do banco foram afetados negativamente pela valorização do real, enquanto as margens com clientes registraram apenas uma pequena melhora sequencial”, diz o UBS BB.
Para o BTG, foi um trimestre “limpo”, em linha o esperado. Os analistas dizem que a o segmento de seguros foi um dos destaques positivos, compensando a margem financeira um pouco mais fraca que o esperado. “Uma taxa Selic mais alta e volumes mais fortes em produtos de alto rendimento (por exemplo, cartões de crédito e cheque especial) levaram a margem com clientes a expandir 0,8% no trimestre e 23,6% em 12 meses, porém ficando 5% abaixo do que esperávamos, impactada em R$ 300 milhões pela variação cambial das operações na América Latina e menor número de dias úteis, o que não deve impactar o segundo trimestre de 2022”.
Um pouco menos otimista, o Goldman Sachs diz que a margem financeira do Itaú ficou 7% abaixo do que eles esperavam. “Melhores volumes, mix e margem de passivos foram parcialmente compensados por spreads mais fracos e as operações na América Latina”. Eles também apontam que a inadimplência foi melhor que nos rivais privados, com o aumento no varejo sendo compensado pela estabilidade em PMEs, grandes empresas e na América Latina.
Na visão do Citi, o fato de o Itaú ter reafirmado seu guidance (projeções) pode apoiar a confiança do investidor na tese do banco. Eles apontam que a receita de tarifas e conta corrente foram negativamente afetadas pela sazonalidade, mas por outro lado o controle de gastos foi melhor que o previsto. Isso levou o índice de eficiência a melhorar para 45%. “Os resultados foram limpos e, embora um pouco abaixo do Citi em uma base antes dos impostos, a qualidade dos ativos e as despesas permaneceram bem sob controle”.
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