Light (LIGT3) aprofunda perdas na bolsa e ações caem 14% com rumor sobre recuperação judicial

A Light liderava as quedas no pregão no final da manhã desta terça (7)

A coluna do jornalista Lauro Jardim no O Globo apontou, na segunda-feira (7), que a Light (LIGT3) deve entrar com recuperação judicial. Segundo Jardim, o pedido deve ser feito “muito em breve” e a semana será decisiva para o futuro da empresa.

Como efeito, as ações da empresa despencaram na B3, com queda de 14,19% no fechamento do pregão desta terça-feira (7). A empresa chegou a liderar as quedas, mas foi superada pela Americanas como a pior ação do dia.

Com o tombo, a empresa aprofunda as quedas registradas nos últimos 12 meses, quando as ações perderam mais de 70% do seu valor, sendo negociadas, no final da manhã desta terça, a R$ 2,66.

O movimento vem em meio os questionamentos sobre a situação financeira da companhia. Na última semana, Moody’s e Fitch cortaram a nota de crédito da Light após o anúncio de que a companhia contratou a Laplace Finanças para avaliar alternativas.

A Light tem, segundo a coluna do O Globo, necessidade de financiamento de R$ 3,3 bilhões nos próximos dois anos, e a forma como esse dinheiro se captado deve ser apresentado na recuperação judicial.

Entre os principais acionistas da Light está Beto Sicupira, um dos controladores da Americanas (AMER3), empresa que também está em recuperação judicial, detém 10%. Ronaldo Cezar Coelho possui 20% do capital da empresa.

Proibição de RJ no setor de energia?

Outro ponto importante é que a legislação, em tese, impede que concessionárias de energia entre com pedidos de recuperação judicial ou extrajudicial.

O artigo 18 da Lei 12.767, de 2012, — uma das regras que alterou diversos pontos de funcionamento do setor elétrico — diz que esse tipo de proteção contra credores não se aplica às concessionárias, salvo após a extinção da concessão.