Ambev não deve ser afetada por processo de recuperação judicial da Americanas, diz Citi

Analistas explicam que participação do trio 3G é menor na empresa

As ações da Ambev estão sendo pressionadas por conta das polêmicas envolvendo a Americanas e a 3G Capital, mas no entanto, a empresa não deve ser impactada pelo processo de recuperação judicial da varejista, diz o Citi.

Os analistas liderados por Sérgio Matsumoto escrevem que a participação dos empresários Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, que também têm participação de referência na Americanas, é menor na Ambev e na AB InBev.

“Uma maior presença de outros acionistas relevantes (Interbrew, SABMiller e Grupo Modelo) reduz o estilo de gestão da 3G que busca metas agressivas e usa remuneração como incentivo para alcança-las”, ponderam.

Eles apontam que o acordo de acionistas atual da Ambev tem vigência até 2034, o que torna bastante improvável uma venda dos ativos por parte da 3G para tentar sustentar as operações da Americanas.

Operacionalmente, a Ambev também passa por um momento operacional e competitivo relativamente favorável, sendo a única empresa no portfólio da 3G em posição de liderança no seu mercado e com crescimento, reduzindo riscos.

O Citi tem recomendação de compra para Ambev, com preço-alvo em R$ 18,50, potencial de alta de 35,4% sobre o fechamento de ontem.