Telefônica Brasil (VIVT3) registra lucro de R$ 1,12 bi no 4º tri, queda anual de 67%     

A contração foi impactada pelo reconhecimento de crédito fiscal de R$ 1,4 bilhão

A Telefônica, controladora da Vivo, registrou lucro de R$ 1,12 bilhão no quarto trimestre de 2022, recuo de 57% em relação ao apurado no mesmo intervalo do ano anterior. Entre janeiro e dezembro o lucro foi de R$ 4,05 bilhões, queda de 35%.

A contração foi impactada pelo reconhecimento, no quarto trimestre de 2021, de crédito fiscal no valor de R$ 1,4 bilhão. Esse valor se referia à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a inconstitucionalidade da incidência do imposto sobre a renda das pessoas jurídicas (IRPJ) e da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) sobre as correções à taxa Selic recebidas em razão da devolução de impostos recolhidos indevidamente.

A receita líquida da companhia cresceu 10% no comparativo anual, para R$ 12,65 bilhões. Já a receita no acumulado do ano somou R$ 48,04 bilhões, avanço de 9% em relação ao apurado em 2021.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) recorrente atingiu R$ 5,2 bilhões entre outubro e dezembro, avanço de 6%. A margem Ebitda ficou em 41,3%, queda de 1,5 ponto percentual contra os 42,9% do quarto trimestre do ano anterior.

Já o Ebitda recorrente anual atingiu R$ 19,28 bilhões, alta de 7% em relação aos 12 meses de 2021, com margem Ebitda de 40,1%, 0,8 ponto percentual a menos que no ano anterior. Os indicadores desconsideram efeitos não-recorrentes do ano passado como venda de torres, reconhecimento de créditos tributários e conclusão de aquisições.

O resultado financeiro registrou despesa líquida de R$ 604 milhões, número 50,8% maior do que o registrado no mesmo período do ano anterior. Segundo a companhia, o resultado é consequência do maior endividamento médio e do aumento da taxa de juros no período.

Os investimentos realizados no quarto trimestre de 2022 alcançaram R$ 2,49 bilhões, uma expansão de 6,4% em base anual. O valor representa 19,7% da receita operacional líquida do trimestre, uma redução de 0,7 ponto percentual na mesma base comparativa.

Segundo a companhia, os investimentos foram direcionados ao reforço da rede móvel, com destaque para a ativação do 5G nas capitais, além do investimento na expansão da rede de fibra. Nos 12 meses de 2022, foram investidos R$ 544 milhões no reforço da rede para a integração dos clientes Oi Móvel.

A base de clientes totalizou 112 milhões de acessos, alta anual de 13,7%, dos quais 98 milhões eram acessos móveis, o que significa um aumento de 16,8% na mesma comparação.

Entre outubro e dezembro, o Vivo Total – a oferta convergente de pós-pago e fibra – representou cerca de 70% das adições líquidas de FFTH (fiber to the home, em inglês).