Um vídeo protagonizado por Luiza Trajano, presidente do Conselho Administrativo do Magazine Luiza (MGLU3) viralizou nas redes sociais neste fim de semana. Em pouco mais de um minuto, a empresária diz que clientes já têm crédito pré-aprovado na varejista e pede até “por favor” para que comprem na rede.
Vá o mais rápido possível em uma loja nossa, por favor. Nós acreditamos em vocês
Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza
Trajano convidou os clientes a comprar “um computador para o filho ou uma televisão maior para assistir a Copa do Mundo” e também chamou atenção por “ressuscitar” o carnê: “lembra aquele carnêzinho gostoso?”
Outro detalhe comentado por internautas no recado foi o desconto para quem comprar via carnê, que será aplicado nos juros, e não no preço do bem.
O vídeo levou o termo “Magalu” aos tópicos mais comentados do Twitter neste domingo (17). A repercussão foi grande e na segunda-feira e a loja continua entre as palavras mais citadas da rede social pela manhã.
Os papéis do Magazine Luiza não vivem um bom momento na Bolsa de Valores. As ações acumulam queda de mais de 85% em um ano e há muita desconfiança no setor de varejo como um todo.
O vídeo de Trajano viralizou logo depois que o megainvestidor Luiz Barsi disse, no último dia 15, que a empresa vai enfrentar uma recuperação judicial e ir à falência, em entrevista ao podcast “Irmão Dias”.
Apesar de causar alvoroço nas redes sociais, o apelo “está alinhado ao estilo de fala da Luiza”, defende Sidney Lima, analista da Top Gain, que defende: “não acredito que haja tom de desespero, mas um alinhamento com o que é mais rentável para o negócio”.
Lima diz que a empresária já havia comentado em outras aparições sobre a rentabilidade da concessão de crédito – como anunciou via carnê no vídeo – e que a aposta nesse segmento pode ser um bom negócio para o Magazine Luiza.
“Por um lado, o anúncio é positivo porque facilita o acesso aos produtos da companhia em um momento de elevação da inflação”, diz Matheus Jaconelli, analista da Nova Futura Investimentos. Para ele, o perigo está no risco de inadimplência: “o impacto negativo poderá ser evidenciado nas provisões para devedores duvidosos, o que gera um custo”, pondera.