Origem da Kopenhagen: da cozinha de imigrantes da Letônia a uma das maiores franquias do país

Fundada em São Paulo, na década de 1930, a Kopenhagen começou na cozinha de imigrantes da Letônia e virou uma grande rede de franquias

Você conhece a origem da Kopenhagen? A marca quase centenária, que se tornou um símbolo de chocolates voltados à classe A brasileira, teve sua compra anunciada nesta quinta-feira (7) pela multinacional Nestlé.

Mas você sabia que a Kopenhagen foi fundada em São Paulo por uma família de imigrantes da Letônia chamada Goldfinger Kopenhagen? Pois bem, a primeira loja foi aberta no centro da capital paulista em 1929. Isto é, um ano após o casal David e Anna começar a produzir marzipan. Vale lembrar que marzipan é um doce que leva pasta de amêndoa, ovos e açúcar) na cozinha de casa.

Assim, na década de 1930, eles compraram um terreno no bairro do Itaim, onde até hoje a empresa possui uma loja de referência. A primeira fábrica ficou pronta no local em 1943.

A produção, então, que na época já havia sido ampliada com balas, chocolates e ovos de Páscoa, passou a incluir chocolates finos, biscoitos e panetones.

Língua de gato, chumbinho e lajotinha: clássicos

Produtos como língua de gato, chumbinho (bolinhas crocantes de chocolate) e lajotinha (waffle com cobertura de chocolate) surgiram na década de 1940 e se tornaram clássicos da marca.

A explosão no número de franquias e no faturamento da empresa, porém, aconteceu apenas após a venda do negócio ao empresário Celso Ricardo de Moraes, em 1996. Ele, aliás, era dono do laboratório que fabricava produtos como Apracur (antigripal) e Maracugina.

Sob a sua gestão e de sua filha, Renata Moraes Vichi (que continuará à frente do negócio após o acordo com a Nestlé), a rede passou a fazer parte do Grupo CRM, mudou a fábrica para Barueri (SP) e expandiu de 100 para cerca de mil os pontos de vendas, por meio de franquias.

Brasil Cacau

O grupo apostou também numa nova marca, a Brasil Cacau, para concorrer com a Cacau Show pelo mercado da classe B e C. Para conseguir popularizar essa nova rede, investiu no patrocínio ao programa Big Brother Brasil.

Ainda testou o modelo de cafeteria Kop Koffee e apostou nas vendas digitais, em especial, de ovos de Páscoa.

Desde 2014, tem também uma parceria que garante operar no Brasil as lojas da marca suíça Lindt, que era uma potencial compradora da Kopenhagen, antes da sua concorrente Nestlé assumir a frente das negociações.

A venda da empresa para o fundo americano Advent ocorreu em 2020.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.