Hapvida: Valor de mercado cai pela metade para R$ 15,5 bilhões em sete pregões

O Itaú BBA apontou em relatório que o cenário para a companhia é mais negativo que o esperado

Com a ação em queda livre de 28,4% nesta quinta-feira (8), o valor de mercado da Hapvida caiu pela metade, aquém dos R$ 15,5 bilhões. Essa desvalorização começou em 1º de março, quando a companhia publicou resultados do quarto trimestre abaixo das projeções do mercado. Os papéis já entraram em leilão duas vezes em menos de uma hora de pregão nesta quinta.

A forte queda é devido ao comunicado da companhia, na noite desta quarta-feira (8), de uma possibilidade de aumento de capital o que até então, era descartado pelo mercado. O Itaú BBA diz em seu relatório que o cenário é mais negativo que o esperado ao sugerir o aumento de capital.

A operadora informou que “está constantemente avaliando oportunidades e alternativas para fortalecer sua estrutura de capital com sua base acionária, bem como com novos investidores, incluindo a possibilidade de emissão de novas ações em aumento de capital, o que dependerá de condições favoráveis de mercado condições e aprovações pelos órgãos sociais competentes”.

Os analistas do banco destacam que as exigências regulatórias da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) como reservas limitam a quantidade de dinheiro que as operadoras podem usar para honrar as dívidas.

No quarto trimestre, a alavancagem da Hapvida era de 2,45 vezes o Ebitda.

A Hapvida também confirmou que está negociando venda da empresa de resgate São Francisco e uma healthtech, conforme o Valor antecipou, e também de outros “ativos fixos relevantes em operações como ‘sale & lease back’ envolvendo potenciais investidores”.

Além disso, a companhia informou que concluiu a liquidação de debêntures no valor de R$ 750 milhões.