Como saber se o banco onde está seu dinheiro é sólido?

Existem dois indicadores que te ajudam: o Índice de Basileia e o de Imobilização

Se você tem dinheiro em banco ou investe em algum banco, atenção. Você deve entender se você realmente está seguro e se fez uma boa escolha.

Nos últimos dias, vimos rumores de que fintechs brasileiras como Nubank, Banco Inter, C6 e Pagseguro, pudessem ter sido afetados pela quebra do Silicon Valley Bank (SVB), um dos maiores bancos dos Estados Unidos, e conhecido por fornecer crédito a startups.

Em nota de esclarecimento, todos afirmaram que não tinham exposição ao SVB, mas eu quero aproveitar esse caso pra te ensinar como mensurar a saúde financeira de um banco pra descobrir se é mais ou menos arriscado ter o seu dinheiro lá.

Como saber se um banco é sólido

Existem pelo menos dois indicadores que te ajudam a analisar a solidez de um banco: o Índice de Basiléia e o Índice de Imobilização. Vamos conhecer cada um deles:

Índice de Basileia

O primeiro indicador que vamos utilizar é o Índice de Basileia, que nos mostra a relação entre o capital próprio e o de terceiros de uma instituição financeira.

Dessa forma, podemos saber a capacidade do banco em pagar suas dívidas com os recursos do seu próprio patrimônio.

Via de regra, quanto mais elevado for esse índice, mais sólida será a instituição financeira.

Por exemplo: se um banco tem um Índice de Basileia de 15%, isso significa que pra cada R$ 100 emprestados, o banco tem R$ 15 de patrimônio.

O Banco Central considera uma empresa saudável aquela que tem o Índice de Basileia entre 11% e 50%.

Índice de Imobilização

O segundo indicador é o Índice de Imobilização, que mede quanto desse capital próprio está em ativos imobilizados, como prédios, veículos, salas, e qualquer outro ativo com baixa liquidez.

Ter um Índice de Imobilização alto pode mostrar uma baixa agilidade do banco em honrar com suas obrigações. Ou seja: quanto menor for esse indice melhor.

Por exemplo: se um banco possui um Índice de Imobilização de 30% isso quer dizer que pra cada R$ 100 de patrimônio, R$30 estão em ativos sem liquidez imediata.

Mas veja: o máximo permitido pelo Banco Central é de 90% do patrimônio líquido, o que, vamos combinar, é altíssimo.