Arezzo (ARZZ3) tem novo trimestre forte e bancos reiteram recomendação de compra

Os números da companhia entre abril e junho superaram as expectativas

No segundo trimestre, a varejista de moda Arezzo &Co (ARZZ3) seguiu na forte toada que a empresa vem apresentando nos últimos resultados. Com o bom desempenho, as equipes de análise dos bancos reiteraram a recomendação de compra, destacando que os números superaram as expectativas.

“Mais do que demanda latente, ganhos de participação e execução”, escreveram os analistas Robert Aguilar e Melissa Byun, do Bank of America (BofA). Já o Bradesco BBI revisou suas estimativas e aumentou o preço-alvo da ação de R$ 102 para R$ 105, mantendo a recomendação de compra.

A equipe de varejo do Bradesco BBI considerou o resultado forte e destacou que o lucro líquido de R$ 121 milhões superou a expectativa do banco, de R$ 109 milhões. “Foi um outro trimestre forte e de qualidade alta, com todas as marcas e categorias tendo performance forte”, escrevem Richard Cathart, João Andrade e Renan Sartorio. Eles observam, porém, que o crescimento no segundo semestre seja um pouco menor, dada a base de comparação mais forte. Ainda assim, a equipe considera que essa desaceleração será mais um “pouso suave” do que uma desaceleração abrupta.

O lucro líquido atribuído aos controladores caiu 9%, mas apenas porque um ano antes a companhia registrou cerca de R$ 142 milhões em créditos fiscais, o que pesou na comparação. Desconsiderando esse efeito, porém, o lucro líquido cresceu 160% sobre o segundo trimestre de 2021 e 247% sobre 2019, sinalizando que a empresa tem conseguido sucesso em sua trajetória de mudança de uma fabricante de calçados para uma empresa de moda. A receita da companhia saltou 71% no trimestre, se aproximando da casa do bilhão: R$ 945 milhões.

Com os resultados, a recomendação de compra da ação foi reiterada entre os bancos que cobrem a empresa.

A XP Investimentos, por exemplo, avaliou que esse foi mais um trimestre “consistente” em todas as marcas e que “não há sinais de desaceleração”. Reiterou a recomendação de compra com preço-alvo de R$ 100, o que significaria uma valorização de 19% sobre o atual valor do papel, que fechou o pregão de ontem a R$ 83,97.

Numa linha similar, o Citi observou que “nada para” a companhia e que os resultados superaram as estimativas, com o resultado forte de vendas no Brasil compensando o desempenho abaixo do esperado no mercado internacional. “Acreditamos que o mercado terá de revisar suas estimativas para refletir esse curto prazo melhor do que o esperado”, escrevem os analistas. A recomendação é de compra, com preço-alvo de R$ 98.

Já o BofA destacou o recorde de receita e de margem bruta, que cresceu 2,1 pontos percentuais. “Há algumas fricções, mas o negócio continua muito forte”, escrevem os analistas do banco citando alguns desafios na marca de sandálias Brizza e na divisão de roupas da Schutz, lançada no primeiro semestre. A recomendação de compra foi reiterada, com preço-alvo de R$ 105.

Para os analistas do Goldman Sachs, o resultado superou as expectativas de demanda. O banco também destacou que a direção da companhia deu sinais positivos do começo do terceiro trimestre no relatório, depois do segundo trimestre mostrar que o ímpeto nas vendas continua e trazer margem bruta recorde. O banco manteve recomendação de compra e preço-alvo de R$ 111.

Os analistas do Credit Suisse destacaram que “mais uma vez a Arezzo &Co superou seus pares” e que os números trazidos para julho mostram que a tendência positiva persiste. Por isso, acreditam que essa condição deve sustentar a valorização da ação por um longo período. Além da recomendação de compra, o banco manteve o preço-alvo de 110.

Para a equipe do BTG Pactual, a Arezzo está com desempenho acima do setor, mostrando uma expansão resiliente no mercado brasileiro, que tem sido impulsionada pelo varejo on-line e o canal multimarcas. O banco também classificou os resultados nos Estados Unidos como saudáveis graças ao varejo on-line e a reposição de preços no último ano. A recomendação é de compra, com preço-alvo de 103.