IF Hoje: Desemprego cai para 9,1% até julho, menor taxa desde 2015

O resultado ficou levemente acima da expectativa do mercado, de queda para 9%

A taxa de desemprego no país ficou em 9,1% no trimestre móvel encerrado em julho de 2022. O resultado ficou abaixo do verificado no trimestre móvel anterior (encerrado em abril, de 10,5%) e também abaixo do resultado de julho de 2021 (13,7%), mostra a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgada nesta quarta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No trimestre encerrado em junho, a taxa estava em 9,3%. É a menor taxa de desemprego para um trimestre móvel encerrado em julho desde 2015 (8,7%) e a menor para qualquer período de três meses desde o quarto trimestre daquele ano (9,1%).

O resultado ficou acima da mediana das expectativas de 27 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor, que apontava para uma taxa de 9% no trimestre encerrado em julho. O intervalo das projeções ia de 8,8% a 9,2%.

No trimestre até julho, o país tinha 9,9 milhões de desempregados – pessoas de 14 anos ou mais que buscaram emprego, mas não conseguiram encontrar. O número aponta retração de 12,9% frente ao trimestre anterior (menos 1,5 milhão de pessoas) e queda de 31,4% frente a igual período de 2021 (menos 4,5 milhões de pessoas). O nível de população desocupada é o menor desde o trimestre encerrado em janeiro de 2016.

Entre maio e julho, a população ocupada (empregados, empregadores, funcionários públicos) era de 98,7 milhões de pessoas. Isso representa um avanço de 2,2% em relação ao trimestre móvel anterior, encerrado em abril (mais 2,2 milhões de pessoas ocupadas). Frente a igual trimestre de 2021, subiu 8,8% (oito milhões de pessoas a mais).

Já a força de trabalho — que soma pessoas ocupadas ou em busca de empregos com 14 anos ou mais de idade — estava em 64,7 milhões no trimestre até julho de 2022, estatisticamente estável frente ao trimestre imediatamente anterior e 2,8% abaixo de igual período do ano passado (menos 1,9 milhão de pessoas).

Orçamento 2023: Com ou sem Auxílio Brasil?

Ainda na agenda do investidor, o projeto de Orçamento do primeiro ano do próximo presidente eleito chega nesta quarta-feira, 31, ao Congresso. Projeto não contem a provisão de despesas que já são dadas como certas em 2023.

Apesar da expectativa de as contas públicas fecharem 2022 com saldo positivo, a peça orçamentária do ano que vem vai novamente com déficit. Desde 2015, ainda no governo Dilma Rousseff, o governo encaminha, ano após ano, o Orçamento com rombo fiscal.

A proposta será entregue pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), que tenta a reeleição, sob fogo cruzado da campanha do petista Luiz Inácio Lula da Silva, e não deverá incluir nas contas a promessa de manutenção do valor de R$ 600 para o Auxílio Brasil em 2023.

Agenda do dia

  • 10h45: PMI (Índice de gerentes de compras ) de Chicago

O PMI ou índice de gerentes de compras (PMI) de Chicago é um indicador econômico que dá a medida do nível de atividade da economia norte-americana. O índice caiu a 52,2 em julho, de 52,7 em junho.

  • 11h30: Estoques de petróleo nos EUA

A Administração de Informações de Energia (EIA, sigla em inglês) dos EUA apresenta, às 11h30 (de Brasília), os estoques semanais de petróleo e derivados nos EUA na semana até 26 de agosto. Na semana anterior, os estoques de petróleo bruto diminuíram em 3,282 milhões de barris e os de gasolina recuaram em 27 mil litros.

  • 22h45: PMI industrial da China de agosto

À noite, sai o relatório para o PMI industrial da China para o mês de agosto. A leitura anterior foi de 50,4, com estimativas de 50,2.