Fusões e aquisições na saúde movimentam R$ 20 bilhões em um ano e aquecem o setor

Do início de 2021 até agora, o segmento já teve 150 transações; companhias buscam ganhar eficiência com o atendimento em rede própria
Pontos-chave:
  • Ainda de acordo com o especialista em fusões, uma próxima onda de aquisições envolverá as healthtechs (as empresas de tecnologia do setor de saúde), um crescente alvo das empresas tradicionais do setor

Nos últimos dois anos, o setor de saúde lidera o ranking de fusões e aquisições e reúne as maiores operações de compra de empresas no Brasil. Apenas do início de 2021 até agora, foram cerca de 150 transações, que movimentaram mais de R$ 20 bilhões – mesmo com a perspectiva de desempenho fraco da economia para este ano.

Duas das maiores transações ocorreram nesse período: a fusão, por meio de troca de ações, entre as operadoras de planos de saúde Hapvida e a NotreDame Intermédica – um negócio que cria uma empresa com valor de mercado de mais de R$ 80 bilhões –, e a compra da seguradora SulAmérica pela operadora de hospitais Rede D’or, um acordo de mais de R$ 10 bilhões.

Duas das maiores transações ocorreram nesse período: a fusão, por meio de troca de ações, entre as operadoras de planos de saúde Hapvida e a NotreDame Intermédica – um negócio que cria uma empresa com valor de mercado de mais de R$ 80 bilhões –, e a compra da seguradora SulAmérica pela operadora de hospitais Rede D’or, um acordo de mais de R$ 10 bilhões.

Do lado dos planos de saúde, a fusão de grandes grupos começa a incomodar, porque já existe a leitura de que as companhias que estão cada vez mais encorpadas irão avançar em mais segmentos no setor de saúde – e com potencial de atrair clientes de concorrentes. Analistas de bancos de investimento afirmam que há mais negócios para sair.

O sócio da consultoria PwC Brasil, Leonardo Dell’Oso, destaca que a consolidação está apenas no início, mesmo após um ano de recorde de transações para o setor no ano passado.

Segundo ele, O que explica essas aquisições de hospitais não é apenas que os grandes grupos estão com robustez de caixa, mas também que as empresas estão querendo ganhar massa e racionalizar custos.

Ainda de acordo com o especialista em fusões, uma próxima onda de aquisições envolverá as healthtechs (as empresas de tecnologia do setor de saúde), um crescente alvo das empresas tradicionais do setor.