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Fitch eleva nota do Brasil, que fica a dois degraus do investment grade
A agência de classificação de risco de crédito Fitch elevou nesta quarta-feira (26) o rating de longo prazo em moeda estrangeira do Brasil, de BB- para ‘BB, com perspectiva estável.
Em comunicado, a Fitch explicou que a mudança reflete desempenho macroeconômico e fiscal acima do esperado do país, mesmo diante de choques sucessivos nos últimos anos.
A agência também citou “políticas proativas” e reformas e a expectativa de que o novo governo trabalhará para melhorias adicionais.
“Apesar das persistentes tensões políticas desde o rebaixamento de 2018, o Brasil alcançou progresso em importantes reformas para enfrentar os desafios econômicos e fiscais”, diz trecho do relatório.
Embora tenha notado que a posição fiscal do país está se deteriorando em 2023, após uma melhora anterior, a Fitch afirmou esperar que novas regras fiscais e medidas tributárias ancorem uma consolidação gradual.
A Fitch ainda projeta que a dívida/PIB aumente, mas em um ritmo mais lento.
Documento cita reformas
O documento cita, ainda, reformas implementadas no país desde 2015, incluindo a previdenciária e a independência do Banco Central, além da reforma tributária, que está em andamento no Congresso.
No plano econômico, a Fitch considerou que, embora o governo do presidente Lula indique uma mudança na agenda econômica liberal dos últimos anos, é improvável que reveja reformas promulgadas nos últimos anos, como a reforma trabalhista e a privatização da Eletrobras.
A decisão da Fitch ocorre pouco mais de um mês após outra agência internacional de classificação de risco, a S&P, ter melhorado a perspectiva do rating brasileiro, hoje em BB-. de estável para positiva.
Na escala da Fitch, o Brasil está agora a dois degraus abaixo da faixa considerada de baixo risco de crédito, o chamado investment grade.
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