Bolsas em NY: tecnologia recupera parte das perdas; Microsoft sobe 1,86% e Apple, 1,61%

O setor de tecnologia foi o que mais se destacou no pregão desta terça-feira em Nova York

Os três principais índices acionários de Wall Street terminaram a sessão de hoje sem uma mesma direção diante da preocupação com o aperto monetário, mas com o investidor buscando alguma recuperação antes da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês). O índice Dow Jones terminou em queda de 0,26%, a 32.160,74 pontos, enquanto o S&P 500 subiu 0,25%, a 4.001,05 pontos, e o Nasdaq cresceu 0,98%, a 11.737,67 pontos.

Entre os índices setoriais do S&P 500, o melhor desempenho ficou com o segmento de tecnologia, em alta de 1,58%. As ações da Microsoft subiram 1,86%, enquanto as da Apple avançaram 1,61%.

O setor de tecnologia foi o que se destacou no pregão de hoje, em meio a um enfraquecimento dos rendimentos dos títulos do Tesouro americano. Perto das 17h15, o yield da T-note de dez anos operava em queda, a 2,995%, de 3,079% do último fechamento.

A atenção dos investidores agora se concentra na divulgação do CPI de abril, que deve ser divulgado amanhã. A projeção de economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” é de um avanço de 8,1% no recorte anual, de 8,5% da última leitura.

Hoje a sessão foi marcada por comentários de alguns integrantes do Federal Reserve (Fed). Pela manhã John Williams, presidente do Fed de Nova York, disse que o BC americano consegue reduzir a inflação enquanto mantém a economia forte. Já o diretor do Fed Christopher Waller afirmou que “esta é a hora de acelerar [as altas de juros]. Você deve fazer isso quando a economia está forte”. Já Loretta Mester, do Fed de Cleveland, disse, em entrevista, que um aumento de 0,75 ponto percentual não está para sempre descartado, mas que o foco não é esse agora. “Acho que o ritmo que estamos indo agora parece certo.”

Entre as ações, o destaque hoje fica com as da rede de cinemas AMC Entertainment, que inicialmente subiram com força, mas depois recuaram, fechando em queda de 5,43%, depois que a empresa de cinema relatou um salto no público que lhe deu receita maior e uma perda menor do que o esperado para o primeiro trimestre.

Em relação aos balanços, conforme aponta o banco suíço UBS em relatório, a temporada de resultados do primeiro trimestre nos EUA apontou para a resiliência geral nos lucros, apesar de algumas decepções. “Com cerca de 90% dos balanços de empresas do S&P 500 [divulgados], 78% deles superaram as previsões de lucros, ligeiramente acima da média de cinco anos de 75%. A fraqueza se concentrou principalmente em áreas que enfrentam desafios na cadeia de abastecimento (Apple, estoques de semicondutores), mudanças nos gastos de empresas que se saíram bem na pandemia (Netflix, Amazon) e com concorrência mais forte (Netflix, Google, Meta).”