Veja 10 ações recomendadas pelos especialistas para investir em junho de 2024

Lista tem papéis da Vale e Bradesco, BDR da Pfizer e ETF de grandes empresas dos EUA

Você está em busca dos melhores investimentos para a sua carteira agora? Mira oportunidades na renda variável para turbinar o seu portfólio neste momento? Pois a Inteligência Financeira destaca 10 ações recomendadas pelos especialistas para junho de 2024.

Antes de tudo, vale reiterar que a nossa lista prioriza papéis que entraram ou ganharam força nas principais carteiras do mercado brasileiro. Além disso, a seleção tem o intuito de contemplar diferentes estratégias.

Ou seja, você vai conferir a seguir ações recomendas com potencial de valorização ou mesmo papéis com preços descontados. Há ainda indicações de companhias da bolsa que são ou podem se tornar boas pagadoras de dividendos.

Claro, tudo sempre segundo os especialistas.

Por último, como o objetivo aqui é apresentar diferentes estratégias mesmo, a curadoria feita por nós também traz: um BDR (recibo de ações estrangeiras) e um ETF (fundo de índice) presentes nas carteiras de ativos de renda variável indicados para o mês.

Então, vamos ao que importa. Confira as ações recomendadas pelo mercado financeiro para junho.

VALE3

“A Vale é uma empresa com mais de 80 anos de atuação e com experiência em minério de ferro, cobre e níquel. Em minério de ferro, a companhia é uma das líderes globais de produção, com market share (participação) do minério transoceânico entre 15%-20%. Já em cobre e níquel, a Vale é uma das maiores produtoras globais, com operações no Brasil, América do Norte e Oceania.

Nesse sentido, a Vale é a nossa ação preferida no setor de mineração e siderurgia diante de melhores perspectivas para mineração. Espera-se que os preços do minério de ferro continuem em torno de US$ 115-120/tonelada, trazendo uma potencial valorização para as nossas estimativas de US$ 110/tonelada para o preço médio em 2024.

Além disso, esperamos que as principais discussões da Vale (renovação das concessões das ferrovias e o Acordo Samarco/Mariana) sejam resolvidas no curto prazo. Assim, acreditamos que pode haver catalisadores significativos para o preço da ação no curto prazo.” (Itaú BBA)

Foto de Loja da Vivo, da Telefônica Brasil (VIVT3), no Shopping Mueller, em Curitiba (PR). Foto: Divulgação
Loja da Vivo, da Telefônica Brasil (VIVT3), no Shopping Mueller, em Curitiba (PR). Foto: Divulgação

VIVT3

“A Vivo (Telefônica Brasil) é negociada a 13,2x P/L 2024E, um prêmio em relação às empresas de telecomunicações integradas globais (11x). O dividend yield que esperamos para 2024 está em 9,2%. Logo, acima das empresas de telecomunicações dos EUA (6,6%).

Para os investidores que buscam ações mais seguras, a Vivo é uma boa opção, principalmente se o mercado apresentar desempenho mais fraco.

Isso porque as empresas de telecomunicações têm modelos de negócios estáveis, posicionamento competitivo sólido, forte geração de caixa. Assim como proporcionam um grande retorno de caixa aos acionistas.” (BTG Pactual)

CPFE3

“Estamos incluindo CPFL Energia na carteira de ações recomendas para junho. Com a alavancagem em 1,9x, os principais covenants em 3,75x, e a companhia reiterando que deseja se manter com uma alavancagem entre 2 e 3x, acreditamos que existe espaço para que CPFL continue distribuindo dividendos e planejando seu crescimento de forma equilibrada.

Até 2026, teremos o capex rondando os R$ 6 bi, o que apesar da robustez, consideramos que possibilitará que a empresa siga distribuindo mais que o mínimo da sua política de dividendos, que institui o pagamento de pelo menos 50% de payout.

Em 2023, com um capex de R$ 5 bi, este montante foi de 69% e acreditamos que o crescimento do Ebitda das operações da empresa deve ser suficiente para manter o pagamento de proventos próximo à este patamar.

Consideramos que gerará um dividendo por ação próximo a R$ 3,00 em 2024 e assim, um atrativo yield levemente abaixo de 10%, considerando a cotação de fechamento de 29/05.” (Ativa Investimentos)

CXSE3

“A Caixa Seguridade retorna à carteira fundamentalista em junho por conta de um movimento tático. Acreditamos que a recente queda nas ações tenha aberto oportunidade de risco reduzido no que consideramos um dos ativos de perfil defensivo de melhor rentabilidade na atualidade, que ainda se sobressai graças a um elevado nível de pagamento de dividendos.

Cabe salientar que as recentes quedas, em nossa leitura, se tratam de precificações em torno de eventos como a expectativa do follow on recentemente ventilado. Ao qual atribuímos baixa probabilidade no curtíssimo prazo dada a recente deterioração das expectativas macro gerais.

Além de impactos oriundos das enchentes no RS, ao que entendemos que a Caixa Seguridade de fato possui exposição, mas limitada, e ainda coberta por resseguros contra desastres naturais.” (BB Investimentos)

BBDC4

“O Bradesco é um dos principais bancos do Brasil, com a maior rede de agências e serviços do setor privado, totalizando R$ 1,7 trilhão em ativos totais e uma vasta carteira de crédito ampliada.

Portanto, com mais de 74,8 milhões de clientes e uma extensa equipe de mais de 89 mil funcionários, o banco demonstra solidez e presença consolidada no mercado financeiro.

Atualmente, os descontos nos múltiplos justificam uma recomendação de compra, especialmente considerando a postura conservadora nas provisões e o corte agressivo de custos.

Com um P/VP (preço/valor patrimonial) de 0,98, evidenciando um valor de mercado próximo ao valor contábil, o Bradesco apresenta uma oportunidade atrativa de investimento.

Acreditamos na recuperação, especialmente nos segmentos de Seguros e Serviços, nos próximos trimestres. Juntamente com melhorias nas margens operacionais. Preço-alvo em 12 meses: R$ 17,00.” (Terra Investimentos)

RAIL3

“Estamos incluindo Rumo em nossa carteira de ações recomendadas. Acreditamos que os resultados da Rumo devem continuar firmes e impulsionados por bons volumes e tarifas. Que combinados com custos controlados deveriam seguir gerando alavancagem operacional.

No curto prazo, o maior preço das commodities teria o potencial de aumentar a atratividade das exportações, fator que poderia elevar a demanda pelos serviços da Rumo.

Adicionalmente, vemos a companhia negociando a uma TIR real de 11,7%, um prêmio de 5,6 pp sobre a taxa da NTNB 2035. O que representa um patamar bastante atrativo de negociação de suas ações.” (Banco Safra)

ações da Havaianas; ações da bolsa; ações da Alpargatas; ALPA4
Loja da Havaianas, da Alpargatas (ALPA3; ALPA4), na Times Square. Foto: Richard B. Levine/Reuters

ALPA4

“A Alpargatas é líder no setor calçadista brasileiro, com mais de 200 milhões de chinelos vendidos por ano no país. Além disso, Havaianas é a marca de consumo mais lembrada no Brasil.

Porém, um declínio acentuado nas vendas de chinelos e calçados em meados de 2022 impactou a Alpargatas no meio de uma ampla expansão de categorias de produtos e geografias.

Com isso, a gestão da Alpargatas teve que iniciar um período de transição em 2023 para simplificar o sortimento de produtos e aumentar a eficiência.

Os estoques dos clientes normalizaram-se para níveis históricos em 2023 e Liel Miranda assumiu o cargo de CEO em fevereiro de 2024 para dar continuidade ao processo de simplificação e resolver problemas de execução nas frentes logística e comercial.

De forma geral, vemos que os volumes domésticos iniciaram um ponto de inflexão no final de 2023, o que deverá fortalecer o crescimento em 2024.

Dito isto, grandes melhorias na divisão internacional ainda precisam ser implementadas em 2024, com os resultados provavelmente apenas começando a ser mais aparentes no próximo ano.

Embora a avaliação das ações da Alpargatas pareça justa, em 13,6x, o múltiplo P/L estimado para 2025 (contra 6,8x para pares brasileiros), acreditamos que os ventos favoráveis esperados devem levar a uma recuperação sólida das margens.

Caso tenhamos uma recuperação dos volumes no Brasil mais rápida do que o esperado, o múltiplo P/L para os próximos 2 anos seria de 9,6x, com ALPA4 negociado com um desconto de 30% em relação à sua média histórica. O que seria uma avaliação mais atraente dada uma recuperação mais forte nos volumes do Brasil.” (Ágora Investimentos)

AGRO3

“Acreditamos que o setor agropecuário vem sendo penalizado por constantes notícias negativas desde a quebra da safra passada. Assim, vemos as reduções de áreas de produção e a diminuição da produtividade como já precificadas, dadas as estimativas mais realistas para as colheitas deste ano e transição de clima.

Com isso, estamos nos posicionando no papel para capturar o pagamento usual de dividendos no 2º semestre do ano, juntamente com uma melhora marginal no momento do setor.

Ademais, estamos incluindo a BrasilAgro por não ter suas produções impactadas pela tragédia no Sul do país. Dessa forma, podemos esperar uma performance acima dos pares nos próximos meses.” (Ativa Investimentos)

PFIZ34

“A Pfizer é uma das maiores empresas farmacêuticas do mundo, atuando em pesquisa, produção de medicamentos para saúde cardiovascular, metabolismo, oncologia, inflamação e imunologia, entre outras áreas. Estamos otimistas com a tese de investimento da companhia com base no seu programa de redução de custos de US$ 4 bilhões em 2024.

Assim como um sólido momento de resultados, com uma surpresa do lucro por ação de 60,1% em relação as estimativas do consenso de mercado no 1T24. Por isso o papel está entre nossas ações recomendadas.

Por fim, o valuation é atraente, negociando a 1,7x Preço/Valor Patrimonial (dois desvios padrões abaixo da média histórica, desde jan/2017).” (BTG Pactual)

IVVB11

“O fundo de investimento IVVB11, lançado em abril de 2014, tem a finalidade de refletir o desempenho do renomado índice de ações dos Estados Unidos, o S&P 500. Este índice, constituído por 500 companhias, representa cerca de 80% do valor de mercado acessível. O S&P 500 foi estabelecido em 1957 e passa por atualizações a cada três meses.

Mesmo com o adiamento da redução da taxa de juros nos Estados Unidos, consideramos fundamental manter investimentos em um índice que reflete aproximadamente 80% do valor de mercado do maior ambiente acionário global. Essa estratégia a fim de aproveitar a tendência assim que se concretizar.” (Ágora Investimentos)