Por que o HASH11 é um dos principais ETFs de cripto do mundo?

Mercado de criptomoedas continua crescendo entre brasileiros

lustração: Marcelo Andreguetti
lustração: Marcelo Andreguetti

Mesmo após um ano de forte queda, o mercado de criptomoedas continua crescendo entre brasileiros por meio dos ETFs, fundos negociados em bolsa. Entre eles, o HASH11, primeiro ETF de criptoativos lançado no Brasil, se destaca. Aliás, no dia 26 de abril ele completa dois anos de existência.

Levantamento da TC Economatica destaca que, entre os três ETFs com maior quantidade de cotistas durante todo o ano de 2022, o HASH11, da Hashdex, ficou em segundo lugar, com 149.802 cotistas.

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Desafios

Ainda assim, o HASH11 enfrenta desafios para evitar uma fuga de investidores que podem enxergar a recente alta dos criptoativos como uma oportunidade de saída. Desde dezembro de 2022, o HASH11 já perdeu quase 10 mil cotistas, mesmo considerando a alta de 59,85% de 2 de janeiro a 10 de abril.

O que explica a fuga de parte de seus investidores é o resultado acumulado de 12 meses – o HASH11 tem desempenho negativo (-26,81%, de 11 de abril de 2022 a 10 de abril de 2023), mesmo considerando a alta nos três primeiros meses do ano.

Os dados do HASH11 no mercado nacional lhe renderam uma posição no top 3 de ETFs de criptomoedas em todo o mundo.

De acordo com a Bloomberg, esse fundo da Hashdex se tornou o terceiro maior com exposição ao mercado cripto no mundo. No total, o ETF da gestora brasileira captou US$ 170,97 milhões no ano.

Mas será que vale investir em HASH11? A seguir, confira mais informações sobre o ETF e veja se ele se encaixa no seu perfil de investidor.

O que é e como funciona o HASH11?

O HASH11 é um fundo de índice listado na B3, a bolsa de valores brasileira, que replica o Nasdaq Crypto Index (NCI). Esse índice busca refletir globalmente o movimento do mercado de criptoativos, oferecendo exposição diversificada, custódia segura, liquidez e simplicidade para portfólios de todos os tamanhos.

De acordo com o site da Hashdex, “o fundo investe pelo menos 95% de seus ativos em ações do fundo de índice alvo, o Hashdex Nasdaq Crypto Index ETF, ou em posições longas de futuros, a fim de refletir de forma geral o desempenho do NCI”.

O fundo é destinado, conforme a gestora do ETF, “a investidores em geral que aceitam os riscos inerentes ao investimento e buscam retorno condizente com o objetivo do fundo”.

Assim, o HASH11 é o primeiro ETF de cripto do Brasil. Trata-se de um fundo de índice negociado no Brasil e regulado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que replica o Nasdaq Crypto Index (NCI), composto por uma cesta de criptoativos recalculada a cada três meses e que busca representar os principais ativos do mercado.

Por que investir no HASH11?

Para quem está pensando em investir em criptomoedas, uma das vantagens do HASH11 é a segurança e credibilidade dada pelo fundo.

Isso porque toda a regulamentação do ativo passa pelo reconhecimento da CVM e da Anbima, entidades responsáveis por proteger o mercado de renda variável no Brasil. Além disso, o HASH11 é negociado exclusivamente na B3.

Outro ponto diz respeito à diversificação. Ou seja, investir em um ETF de criptomoedas como o HASH11  é uma boa estratégia para não depender do desempenho de apenas uma moeda.

Desvantagens do HASH11

As grandes oscilações das criptomoedas obrigam o investidor a pensar nesse tipo de produto como reserva de valor a longo prazo. Ainda, a necessidade de retirada em um mau momento pode colocar a perder uma parte grande do que foi aplicado.

Sendo assim, investir em HASH11 costuma ser mais indicado aos investidores de perfil arrojado.

Diferença entre investir em um ETF e em criptoativos diretamente

Há várias possibilidades para investir em criptomoeda. Para aplicar diretamente em bitcoin e outras criptomoedas, você pode se valer de uma corretora especializada, as chamadas exchanges.

Porém, diferentemente das casas de câmbio tradicionais, uma exchange só existe no ambiente digital. Sendo assim, é uma plataforma eletrônica que facilita a compra, a venda e a troca de moedas digitais e tokens.

Outra forma de investir em criptomoedas é por meio de Exchange Traded Funds (ETFs), ou fundos de índices, como o HASH11.

Você pode comprar atualmente uma série de ETFs diferentes, cada um relacionado a um determinado segmento. É possível também encontrar no mercado ETFs de ações e renda fixa, além de criptomoedas.

Como investir em HASH11 e outros ETFs 

Investir em criptomoedas é um processo que pode ser feito por meio de ETFs regulamentados pela B3, o que traz mais segurança ao investidor.

Os ETFs de criptomoedas como o HASH11 são fundos de investimento que possuem carteiras que seguem algum índice de referência, como o Nasdaq Crypto Index.

Os fundos são uma boa alternativa para quem quer se expor ao mercado de criptomoedas, mas não se sente seguro para fazer isso sozinho. Afinal, nesse caso, quem decide e acompanha as aplicações é um gestor especializado.

A seguir, confira passo a passo como investir em cripto por meio de ETFs. Esse tipo de fundo é considerado a porta de entrada para o mundo das criptomoedas para quem está começando.

Abertura de conta

A primeira coisa a se fazer para investir em cripto por meio de um ETF é abrir uma conta em uma corretora de valores.

Na hora da escolha, opte por uma instituição financeira que ofereça uma plataforma fácil de usar e tecnologia avançada, com bom custo-benefício para a realização de seus investimentos.

Dinheiro para o investimento

O segundo passo para investir em ETFs é enviar dinheiro para que você possa escolher os ativos desejado. Você pode realizar esse processo via transferência bancária.

Escolha da ETF

Em um terceiro momento, você deve acessar a plataforma da sua corretora, escolher o ativo desejado e definir quantos ativos você vai comprar. Simples, não?

Mas vale lembrar que, antes de investir em criptomoedas por meio de ETFs, é necessário entender se este tipo de produto realmente é adequado para o seu perfil de investidor.

Riscos

Quando se investe em cripto, é importante ter em mente que as grandes oscilações demandam que o investidor pense na criptomoeda como reserva de valor a longo prazo.

A necessidade de retirada em um mau momento pode colocar a perder uma parte grande do que foi investido. Valem, nesse caso, as regras de se montar uma reserva de emergência em produtos de renda fixa e com liquidez diária para imprevistos.

Quem está com reserva pronta e quer investir nos criptoativos, a recomendação dos especialistas é que se chegue a cerca de 5% da fatia dos investimentos, caso o perfil do investidor seja mais agressivo.

Tributação

O ETF de criptomoedas é tributado em 15% de Imposto de Renda sobre os lucros em qualquer situação. Havendo lucro, o investidor terá que calcular a guia e recolher os 15% sobre os rendimentos. Sendo assim, o IR deve ser recolhido até o último dia útil do mês seguinte ao da operação via DARF.

Além disso, a taxa de administração do HASH11 é de 0,3% ao ano. Não há cobrança de IOF e nem come-cotas

Breve histórico do HASH11

Pioneiro, o HASH11 foi o primeiro ETF de criptoativos lançado no Brasil. No próximo dia 26, ele completa dois anos de existência.

Listado na B3, o produto criado pela Hashdex soma mais de R$ 1,5 bilhão em ativos sob gestão. Além disso, figura como o segundo maior ETF no ranking geral da bolsa em número de cotistas – com 230 mil investidores. Na frente dele está apenas o IVVB11, que replica o S&P500.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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