Existem ações que todo investidor precisa ter?

Você pode até focar em empresas de setores mais resilientes, mas isso não é uma regra

- Ilustração: Marcelo Andreguetti
- Ilustração: Marcelo Andreguetti

Basta uma atualização do conflito entre Rússia e Ucrânia para que as Bolsas do mundo todo caiam. No dia seguinte, tudo pode mudar. Quando o assunto é o mercado de ações, esse vai e vem faz parte do negócio. É aí que investidores buscam alternativas para proteger sua carteira de renda variável nesse período de incertezas. O cenário pede cautela. “Existe um grau de incerteza grande. Temos eleições em outubro, economia com expectativa de crescimento baixo, juros altos e mudança de política monetária dos Estados Unidos. Acho que ainda podemos ter ainda algumas surpresas negativas”, ressalta Tomás Awad, sócio-fundador da 3R Investimentos. 

Focar o investimento em empresas com setores mais resilientes e que não costumam sofrer grandes impactos por conta do cenário externo, como bancos ou energia, pode ser uma saída, mas isso não é uma regra. “Não acreditamos em ações específicas que todo investidor precisa ter. Hoje o mundo tem muito dinheiro e informações circulando, as coisas mudam muito rápido. O ciclo dos negócios ficou mais curto, e isso impacta o mercado como um todo”, ressalta Tomás. 

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Curto ou longo prazo?

Ao pensar no investimento em ações, o especialista aconselha um horizonte de dois a três anos. “Acho que esse tempo encurtou um pouco em relação ao passado. Depois de três anos, por exemplo, você pode reavaliar a carteira e entender se faz sentido continuar com aquela empresa. Não quer dizer que você não possa ficar mais tempo com aquele papel”, explica. 

Além disso, a escolha das ações ideais depende da sua estratégia de investimento, assim como experiência no mercado. O ideal é analisar o setor, a condição financeira da empresa, balanço patrimonial e o alinhamento dos principais acionistas. E, claro, separar uma quantia menor do patrimônio e considerar que esse é um investimento arriscado.

Para aqueles que estão começando ou não tem muito tempo para se dedicar, Tomás aconselha a busca de um profissional da área. “Se você quer testar e entender o mercado, separe uma quantia mínima do seu orçamento. Se quer investir mais, procure alguém que estude isso diariamente e que possa te trazer caminhos e alternativas”. 

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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