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Tesouro Direto: qual título pode render mais para você?
Confira um passo a passo para entender cada um dos títulos disponíveis e definir o melhor para o seu objetivo de vida
Os títulos do Tesouro Direto não têm risco de crédito por serem garantidos pelo Tesouro Nacional. Aplicar no Tesouro Direto é muito fácil, basta entrar no site oficial, preencher o cadastro e começar a investir, que pode ser a partir de R$ 30,00. Mas como escolher o melhor papel para você?
Antes de tudo, veja os títulos do Tesouro Direto disponíveis atualmente:
Prefixados: Tesouro Prefixado (2026 e 2029) e Tesouro Prefixado com juros semestrais (2033);
Tesouro Selic: Tesouro Selic (2026 e 2029);
Tesouro IPCA+: Tesouro IPCA+ (2029, 2035 e 2045) e Tesouro IPCA+ com juros semestrais (2032, 2040 e 2055);
Tesouro Renda+: Tesouro Renda+ aposentadoria extra (2030, 2035, 2040, 2045, 2050, 2055, 2060 e 2065);
Tesouro Educa+: Tesouro Educa+ (vencimentos de 2026 a 2041).
Os prefixados são ofertados com uma taxa fixa conhecida no ato da compra. É um título para aqueles que querem saber exatamente qual o valor a ser recebido na data de vencimento.
De qualquer maneira é uma aplicação para os investidores que acreditam que a inflação estará em declínio ou não subirá acima do nível atual. Como a taxa é fixa a subida de preços pode comer parte da renda obtida.
Por exemplo, no curto prazo é ofertado o Tesouro Prefixado 2026 com uma taxa de 10,67% ao ano. A simulação do site do Tesouro Direto traz que a rentabilidade desse papel descontados custos e tributos deve ser 9,09% ao ano. Com a inflação e a taxa Selic em queda, o ganho real potencial é alto.
São títulos pós-fixados com rentabilidade atrelada a variação da taxa Selic. Assim, um título indicado para o investidor preocupado com a variação dos juros. É o investimento com mais baixo risco de sofrer variação de preço em caso de necessidade de venda antecipada.
Um título especialmente indicado para manutenção da reserva de emergência e voltado para o curto prazo.
Em resumo, títulos pós-fixados que parte da rentabilidade é dada por uma taxa fixa e outra é atrelada ao IPCA. Em outros termos, são papéis que oferecem rendimento dado por uma taxa prefixada e mais a variação da inflação ao longo do prazo de vencimento.
Assim, é indicado para o investidor que está preocupado em garantir rentabilidade acima da inflação e disposto a aplicar no longo prazo.
Esse é um título recém-lançado pelo Tesouro Direto dedicado aqueles que desejam complementar a aposentadoria. O investidor aplica recursos durante um prazo de contribuição e depois de uma data determinada irá resgatar o seu investimento em 240 parcelas mensais, assim terá renda extra durante 20 anos, valor protegido da inflação.
Nesse sentido, uma pessoa com 35 anos, que queira se aposentar com 65 anos, portanto daqui a 30 anos, desejando renda extra de R$ 5 mil por 20 anos a partir de 2055, tendo um valor inicial para investir de R$ 20 mil, será necessário aplicar aproximadamente R$ 262,11 por mês até a sua aposentadoria.
Vale a pena o interessado entrar no site do Tesouro e fazer uma simulação com os seus dados.
Um título dedicado ao planejamento da educação dos filhos. Trata-se de um ativo financeiro semelhante ao Tesouro Renda+, mas gerando um fluxo financeiro focado na educação. O investimento é feito durante um período e quando o seu filho alcançar a idade para começar a Universidade ele passa a receber o resultado do investimento, mensalmente, por cinco anos – o prazo médio dos cursos de graduação.
Da mesma forma vale a pena o interessado neste tipo de investimento realizar uma simulação com os seus próprios dados, é muito fácil.
Na renda fixa são cobrados o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF), para resgates da aplicação em menos de 30 dias, e o Imposto de Renda (IR), com alíquota regressiva a depender do prazo do investimento, da seguinte maneira:
1) 22,5%, em aplicações com prazo de até 180 dias;
2) 20%, em aplicações com prazo de 181 dias até 360 dias;
3) 17,5%, em aplicações com prazo de 361 dias até 720 dias;
4) 15%, em aplicações com prazo acima de 720 dias.
No Tesouro Direto são cobrados dois tipos de taxas nas operações:
O processo de investimentos começa pelo planejamento financeiro que pressupõe alguns passos muito fáceis.
1º passo: definir os seus objetivos financeiros
Todos nós temos sonhos a realizar. Pode ser ter a casa própria, abrir um negócio para chamar de seu, viajar, conquistar a independência financeira até certa idade, aposentar-se com bom grau de bem-estar, e assim por diante.
Assim, a primeira coisa a fazer é estabelecer prazo e quanto custa atingir os seus objetivos. É isso mesmo, podem e usualmente são mais de um objetivo. Isso depende da idade, personalidade, cultura, entre outros fatores.
Lembre-se: date e quantifique os seus objetivos.
2º passo: preparar o orçamento familiar ou pessoal
Organizar o seu orçamento é colocar no papel todos os seus ganhos e os seus gastos. Não pode esquecer de nada, mesmo os pequenos valores.
O orçamento pode ser estabelecido mês a mês, mas procure fazer isso com base anual para não esquecer item algum, como recebimento de 13º pagamento ou do IPVA do carro. Comece pelos ganhos e gastos recorrentes e com maior comportamento fixo, depois acrescente os valores variáveis ou não recorrentes.
Quanto mais variável for sua renda, maior a necessidade de preparação do orçamento.
Do mesmo modo, o orçamento familiar irá permitir estabelecer a sua capacidade de investir. Mas, não deve ser o valor que sobra nas suas contas, mas considere estabelecer o valor mensal necessário que deve ser poupado para a conquista dos seus objetivos dentro dos prazos estabelecidos. Como se fosse uma conta a pagar integrante do seu orçamento.
3º passo: criar a sua carteira de investimentos
Você deve estabelecer uma carteira de investimentos geral diversificada, com parte em renda variável e parte em renda fixa. A parcela dedicada a cada classe de ativos depende do seu apetite a risco e a consideração de seus objetivos.
Com relação a cada objetivo considere a importância dos valores reservados para atingir o objetivo e o prazo que se pretende atingi-lo.
Portanto, para os objetivos mais importantes e de mais curto prazo não se pode correr altos riscos.
Por exemplo:
a) Uma pessoa que pretende guardar dinheiro para a sua festa de casamento daqui a um ano deve considerar que tem um objetivo muito importante e no curto prazo. Os recursos para esse objetivo devem ser aplicados em títulos de prazo correspondente e de baixíssimo risco como os títulos do Tesouro Direto.
b) Outra pessoa que pretende poupar para uma viagem de turismo com prazo de 10 anos. Pode considerar investir em ativos de maior risco como fundos de ações ou outros títulos de renda variável.
Em outras palavras, o melhor é construir uma carteira que considere diversos prazos de aplicação e em diversas classes e tipos distintos de títulos, graduando o risco conforme os seus objetivos. Assim, haverá aqueles com carteiras com grande participação de renda fixa, outros com maior peso em renda variável.
A renda fixa é um título de dívida. O investidor aplica recursos e vai ter de retorno juros sobre o principal aplicado. Além do Tesouro Direto, há ainda várias oportunidades de investimento nessa classe de ativos:
A Caderneta de Poupança é o ativo mais fácil de investimento, isento de impostos, mas sua rentabilidade é baixa. Atualmente, a remuneração é de 6,17% ao ano mais variação da TR (Taxa Referencial). Neste ano, a poupança deve render próximo de 7,8%.
Investir em CDB também é muito fácil, mas sofre incidência de imposto de renda e usualmente é para o curto prazo. Podendo ser encontradas ofertas com rendimento prefixado ou pós-fixado, com base no CDI.
As Letras de Câmbio são muito parecidas com o CDB, mas em vez de serem emitidas por um banco, o emissor é uma financeira. Também podem ser prefixadas ou pós-fixadas, mas o prazo de aplicação é geralmente de dois anos e tem incidência de imposto de renda.
As LCIs e LCAs são originárias de operações de crédito imobiliários ou agropecuário, usualmente são aplicações de prazos médios e com carências. Podem ser prefixadas ou pós-fixadas. São títulos isentos do imposto de renda.
O investimento em Letras Hipotecárias é para aqueles que estão disposto a aplicar com prazo mais longo na busca de melhor remuneração. São títulos emitidos por instituições financeiras com garantia de créditos imobiliários de hipotecas. São isentas de imposto de renda e podem ser prefixadas ou pós-fixadas.
Os CRIs e CRAs são títulos emitidos pelas próprias empresas e não por uma instituição financeira como o caso das LCIs e LCAs. São papéis negociados por securizadoras e usualmente de baixa liquidez, assim são ativos para quem está acostumado a aplicar valores altos e com mais risco. Podem ser prefixadas ou pós-fixadas, isentos de impostos, mas tem taxa administrativa.
Por fim, importante ressaltar que vários títulos mencionados são garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até R$250 mil por CPF. Os papéis cobertos são:
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