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ETFs globais podem ser um bom investimento agora?
Você já ouviu falar em ETFs globais? Já pensou em investir no exterior dessa forma? Para entender como funciona esse tipo de investimento conversamos com Marlon Glaciano, planejador financeiro e especialista em finanças. Aliás, a Inteligência Financeira criou uma calculadora, que você pode acompanhar como ficam seus investimentos em ETFs. Como? Basta conferir este link.
E, abaixo, você fica com as recomendações do especialista sobre ETFs globais.
O que são ETFs globais?
ETFs globais são fundos negociados em bolsa que investem em uma cesta diversificada de ativos de mercados globais. Eles podem incluir ações, títulos, commodities ou outros ativos de várias regiões do mundo, permitindo que os investidores acessem um portfólio diversificado de investimentos internacionais em uma única transação.
Quais são os ETFs globais mais interessantes para investir neste momento?
Atualmente, acredito que ETFs globais que investem em setores como tecnologia (por exemplo, o iShares MSCI ACWI ETF) e sustentabilidade (como o iShares Global Clean Energy ETF) possam ser interessantes devido ao crescimento contínuo da inovação tecnológica e à transição global para energias renováveis.
Além disso, ETFs que focam em mercados emergentes, como o Vanguard FTSE Emerging Markets ETF, podem oferecer boas oportunidades de crescimento em regiões como a Ásia e América Latina, que tendem a crescer mais rápido que os mercados desenvolvidos.
E quais são os mais arriscados ou com piores perspectivas?
ETFs focados em setores altamente cíclicos, como o de commodities ou petróleo, são mais arriscados atualmente, devido à volatilidade associada à demanda global e questões geopolíticas.
O SPDR S&P Oil & Gas Exploration & Production ETF seria um exemplo de ETF com maior risco. Além disso, ETFs com alta exposição à China (como o KraneShares CSI China Internet ETF) têm enfrentado dificuldades devido às restrições regulatórias e ao ambiente econômico mais incerto.
Quais são os riscos de investir em ETFs globais?
Segundo o especialista, quem investe em ETFs globais correm três riscos:
- Risco cambial: a variação entre a moeda local e as moedas dos países em que o ETF investe pode impactar os retornos;
- Riscos geopolíticos e regulatórios: as mudanças nas políticas econômicas e regulatórias de diferentes países podem afetar os mercados;
- Volatilidade dos mercados globais: as flutuações econômicas globais, crises regionais ou globais e variações de crescimento entre economias podem gerar incertezas.
Qual é a vantagem de investir em ETFs globais?
Marlon Glaciano destaca três vantagens:
- Diversificação global, uma vez que investir em ETFs globais proporciona exposição a diferentes mercados, setores e regiões, o que pode reduzir o risco de concentração;
- Acesso a mercados emergentes, porque ETFs globais permitem exposição a economias de crescimento rápido, como a Índia e o Sudeste Asiático;
- Facilidade de investir e liquidez, já que ETFs são negociados em bolsa, o que torna o investimento mais acessível e permite compra e venda rápidas.
ETFs globais têm IR, IOF e outros impostos e taxas?
Sim, ETFs globais têm cobrança de Imposto de Renda (IR) e outras taxas. O IR, por exemplo, incide sobre o ganho de capital na venda de cotas, com alíquota de 15% (para operações normais) e 20% (para operações day trade). Não há isenção de IR como ocorre com ações.
Se a venda ocorrer dentro de 30 dias da compra, o IOF pode ser aplicado sobre o ganho, em alíquotas regressivas.
Além de impostos, há taxas de administração cobradas pelo próprio fundo, que variam de acordo com o ETF.
ETFs globais pagam dividendos?
Alguns ETFs globais pagam dividendos, sim. Alguns podem distribuir dividendos periodicamente aos investidores, enquanto outros reinvestem esses dividendos automaticamente.
O tratamento dos dividendos varia conforme o ETF e a legislação do país de origem e pode estar sujeito a impostos no país de origem, além do imposto de renda no Brasil.
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