Depois de um semestre de alta e do caso de Tom Brady e Gisele, o que esperar das criptomoedas?

O ex-casal Tom Brady e Gisele Bündchen perdeu R$ 234 milhões com a FTX; entenda o que deve acontecer com o mercado daqui para frente

Ex-casal Tom Brady e Gisele Bundchen perdeu cerca de R$ 234 milhões com a FTX - Foto: Arquivo Pessoal
Ex-casal Tom Brady e Gisele Bundchen perdeu cerca de R$ 234 milhões com a FTX - Foto: Arquivo Pessoal

Fora das passarelas e dos campos de futebol, Gisele Bündchen e Tom Brady têm enfrentado um problema daqueles em relação a investir em criptomoedas. De acordo com o The New York Times, o ex-casal perdeu cerca de US$ 48 milhões (o equivalente a R$ 234 milhões) depois de se tornarem embaixadores da FTX e garantirem uma boa fatia de ações da empresa.

Segundo o jornal norte-americano, Gisele teve um prejuízo de US$ 18 milhões, enquanto Tom Brady, US$ 30 milhões. Eles também estão envolvidos em problemas judiciais no caso da falência da exchange.

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A perda milionária do casal é reflexo de um colapso que marcou o mercado cripto e fez de 2022 um ano bastante turbulento. Afinal, é hora de invetir em criptomoedas?

“O episódio da FTX serviu para alertar o mundo de que é urgente uma regulamentação mais estruturada e séria dos países. Não se pode deixar emergir de forma tão grande modelos de negócios como o das exchanges sem um controle e uma regulamentação”, ressalta Vagner Sobrinho co-fundador da fintech WibooCria. 

Valorização do bitcoin

Porém, neste ano, o cenário tem sido ainda nebuloso, mas menos sangrento. O bitcoin registrou uma importante valorização, fechando o primeiro semestre de 2023 com uma alta de 85%.

Ou seja, a moeda teve o melhor pico dos últimos dois anos. Mas tudo indica que a principal criptomoeda estacionou nos últimos dias, oscilando pouco na faixa dos US$ 30 mil. 

Qual é a tendência para as criptomoedas?  

Portanto, no mercado cripto, tudo é possível. “Começamos o ano com várias dúvidas sobre o setor. Algumas pessoas estavam com uma previsão mais pessimista e uma ideia de que o bitcoin viria abaixo dos US$ 15 mil. Acabou que o cenário se mostrou um pouco mais otimista”, explica André Franco, head da área de research do Mercado Bitcoin.

Por outro lado, o especialista ressalta que, no início deste ano, o que vimos foi um movimento artificial do mercado e conhecido como short squeeze. Isto é, um episódio especulativo que gera um aumento de preços de um ativo, geralmente causado por um volume alto de operações de venda. Ou seja, uma condição incomum.

Ao longo dos meses, vimos ainda a pressão da SEC, Comissão de Valores Mobiliários dos EUA, que entrou com ações judiciais contra diversas exchanges de moedas digitais, como Binance e Coinbase. “Isso poderia ter derrubado o preço da criptomoeda, mas o mercado esteve bem resiliente”, ressalta.

O que esperar daqui para frente?

Na visão do especialista, apesar das últimas polêmicas, o cenário tem melhorado para quem quer investir em criptomoedas.

“Temos algumas questões do ponto de vista regulatório, mas o pedido de ETF feito pela gestora Black Rock mudou o humor do mercado recentemente”, ressalta. A maior gestora de ativos do mundo anunciou um registro de fundo negociado em bolsa baseado em bitcoin. 

Mas André acredita que não estamos em um ciclo de bull market, como em 2021. A expressão é usada para descrever um mercado otimista, com um período prolongado de ativos em alta.

Por isso, todo cuidado é pouco, principalmente para investidores com menos apetite ao risco. 

O que deve acontecer com o bitcoin?

Um evento que deve mexer com o mercado e com quem deseja investir em criptomoedas nos próximos meses é o halving. Ele acontece a cada quatro anos e reduz pela metade a quantidade de bitcoin que cada minerador pode ganhar para validar as transações. Em outras palavras, há um corte de 50% na produção de novas moedas de bitcoin.

O que é o halving?

O halving acontece para manter a oferta de criptomoedas controlada e uma inflação previsível neste mercado. A expectativa é de que o próximo aconteça entre os meses de abril e maio de 2024. 

“Historicamente este evento é um gatilho de valorização do bitcoin. O que podemos esperar para o segundo semestre de 2023 é um aquecimento para esse movimento”, destaca André.

De acordo com o especialista, um dos cenários possíveis é de um crescimento mais tranquilo até o final deste ano.

Assim, podemos ver um caminho mais livre em 2024 para uma grande valorização. “Mas este é um movimento que acompanhamos no dia a dia, não é possível prever ao certo”, ressalta. 

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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