Bolsa tem 5,2 milhões de contas, mas a participação das mulheres ainda é baixa
Entre 2020 e 2022, o número de homens na B3 aumentou e o de mulheres, diminuiu
Em junho, a B3 atingiu a marca de 5,224 milhões de contas ativas, o que significa uma alta de 1,11% em relação a maio e de 4,2% em relação ao fim do ano passado. E os homens continuam sendo maioria, com 76,31% da participação. Em relação ao ano passado, pouca coisa mudou: eles eram 76,99%. As mulheres, portanto, são 23,69% atualmente. No mesmo período de 2021 elas eram 23,01%.
Curiosamente, de 2020 para 2022, a Bolsa não ficou mais equilibrada na comparação de gêneros. Pelo contrário: há dois anos, a participação dos homens era de 74,02% e a das mulheres, de 25,98%.
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Vale saber que o número de contas nem sempre reflete o cálculo exato de investidores. Isso porque, uma mesma pessoa pode ter conta e negociar por meio de mais de uma corretora. Quando isso acontece, aquele investidor é contabilizado mais de uma vez.
Divisão por local
Já os Estados com maior participação em relação aos valores aplicados, o cenário também se manteve com hegemonia da região Sudeste:
- São Paulo tem 48,14% das contas,
- Rio de Janeiro tem 14,64%,
- Minas Gerais com 9,06%.
Em seguida, aparecem os Estados da Região Sul:
- Rio Grande do Sul tem 5,33%,
- Paraná, 4,92%,
- Santa Catarina, 3,74%.
O Distrito Federal, por sua vez, tem 2,52%. Em seguida, aparece a Bahia com 2,25%. Os Estados com a menor participação na bolsa são: Roraima, Amapá e Acre, com 0,04% cada um.
O Estado com maior discrepância em relação ao gênero é o Maranhão, onde as mulheres são apenas 19,9% do total e os homens são 80,1%. Em seguida vêm Pará, Roraima, Rio Grande do Norte, Piauí, Alagoas, Mato Grosso e Tocantins que têm cerca de 21% de participação feminina.
Por outro lado, os com menos diferença de gênero são o Distrito Federal, com 26,4% de mulheres, o Rio de Janeiro, com 25,8% e São Paulo, com 25,5%.
Diferenças entre idades
Em relação às faixas etárias, os investidores mais velhos são aqueles que têm maior participação em relação aos valores investidos, que vai caindo conforme a idade diminui.
Assim, os investidores maiores de 66 anos têm 33,48% de participação nos volumes investidos na bolsa, enquanto os de até 15 anos têm 0,14%, conforme mostra a tabela.
Por faixa etária, a que têm maior discrepância de gênero é a dos 16 a 25 anos, com apenas 17,7% de investidoras mulheres.
Já a faixa até os 15 anos (quando muitas vezes são os pais que criam uma conta para seus filhos para que eles tenham investimentos no futuro) têm mais equiparidade: são 44,4% de mulheres contra 55,6% de homens. Na faixa dos maiores de 66 anos, são 32,3% de mulheres e 67,7% de homens.