Bitcoin e aposentadoria: criptomoedas são indicadas para o longo prazo?

Saiba que o tempo é o melhor remédio contra a volatilidade

CVM não tem poder normativo sobre as criptomoedas - Ilustração: Renata Miwa
CVM não tem poder normativo sobre as criptomoedas - Ilustração: Renata Miwa

Olhar para o longo prazo é algo que todos os investidores devem fazer. Agora, ativos com vencimentos no curto e médio prazos são, sim, importantes e precisam ter espaço nas carteiras, até porque são eles que garantem a liquidez do seu portfólio. Mas é consenso que os resultados mais constantes e seguros são observados em aplicações com pelo menos uma década de idade. Se você é um dos que pensam num futuro mais distante, temperar os investimentos com criptomoedas pode ser uma boa alternativa.

Criptos são indicadas para o longo prazo?

Sim! Esses instrumentos são conhecidos como os investimentos mais voláteis atualmente, e o tempo é o fator que constrói gráficos mais previsíveis. “O ideal ao investir em criptos é mirar o longo prazo. Existe muita volatilidade no curto prazo, e por razões emocionais não faz sentido olhar o preço o tempo todo, ainda mais um mercado que nunca fecha”, lembra Fernanda Guardian, analista de Criptomoedas da Levante.

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É claro que ninguém é proibido de operar Bitcoin, Ethereum ou Binance Coin no curto prazo, mas esta prática é geralmente adotada por quem estuda muito esse universo e tem tempo para se dedicar à atividade. “Você pode escolher se quer investir a curto, médio ou longo prazo; o curto prazo é mais adotado por traders que operam com base em gráficos, e a partir do médio prazo começamos a usar os fundamentos das criptomoedas”, explica Raquel Viera, especialista em Criptomoedas da Top Gain.

Quer menos risco? Pense a longo prazo 

Não é à toa que grandes investidores aplicam o dinheiro pensando em resgatá-lo somente anos depois. Aqueles que investem pensando em dividendos também seguem a lógica de olhar para frente. A explicação é que o tempo diminui a volatilidade e revela a curva de preço de um ativo de maneira fiel. 

O risco ligado às criptomoedas está diretamente relacionado à volatilidade, então combatê-la passa por deixar o ativo na carteira por mais tempo. Além disto, “quanto mais curto o horizonte, mais conhecimento é preciso para se expor ao mercado”, lembra Raquel Vieira. 

Há, porém, uma ponderação nessa conclusão: o tempo mostra de maneira fiel a curva de um ativo, isto não significa que ela vai, necessariamente, para cima. Segundo Fernanda Guardian ”há projetos que sempre serão mais arriscados, principalmente os que não têm fundamento,”. Ou seja, não adianta segurar o ativo na carteira por anos se não há algo que justifique esse investimento. 

E se as criptos não durarem? 

O mercado de criptomoedas ainda é muito novo. O Bitcoin foi a primeira cripto, criado em 2009. Portanto, pensar nessa classe de ativos como plano de previdência pode não ser a melhor ideia, mas há, segundo Vieira, fundamentos para acreditar que o mercado de criptos sobreviverá às próximas décadas: “a chance das criptos sumirem é a mesma da internet desaparecer, além disto, o mercado já tem solidez e conseguimos avaliar o que aconteceu na última década para saber que o sistema cripto é seguro e sustentável”. 

Qual a criptomoeda mais indicada para o longo prazo 

Aqui, a resposta é objetiva: o Bitcoin. “Nenhuma outra criptomoeda se provou ao longo do tempo, as outras ainda são jovens, o Bitcoin é a mais indicada”, crava Fernanda Guardian. 

Para quem quer diversificar, uma dica é ficar de olho no tamanho do mercado, em quanto aquela criptomoeda conseguiu captar até agora. “As criptos com maior capitalização de mercado já estão mais estáveis e alcançaram patamares que outras ainda não alcançaram e nem sabemos se vão alcançar”, diz Raquel Vieira. 

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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